
Audiência na Câmara: terapeutas ocupacionais na educação de crianças e adolescentes com TEA
A ampliação da presença de terapeutas ocupacionais nas escolas, especialmente para o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi uma das questões defendidas na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (12/8), por integrantes da Comissão de Ações Políticas do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CAP/COFFITO).
Em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, presidida pelo deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), parlamentares e convidados discutiram o índice de autismo no Brasil, de acordo com o Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que identificou 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA em todo o país.
Membro da CAP e terapeuta ocupacional, Dra. Jeanne Santiago reafirmou o papel das políticas públicas na ampliação e na garantia de profissionais qualificados para a educação inclusiva, a fim de melhor atender crianças e adolescentes autistas.
“O terapeuta ocupacional é o único profissional habilitado para trabalhar nas atividades de vida diária e nas atividades instrumentais de vida diária, que são as atividades laborais. É ele quem vai adaptar o ambiente escolar, vai dar apoio às equipes e aos gestores”, afirmou.
Segundo Dra. Jeanne, é preciso qualificar os profissionais cada vez mais. Para isso, ela defendeu a ampliação de cursos de Terapia Ocupacional no Brasil, na modalidade presencial, e políticas públicas direcionadas às mães atípicas. “Quanto mais elas são cuidadas, melhor elas vão cuidar. Elas estão sobrecarregadas em diversos aspectos”, disse.
Contexto escolar
A Resolução COFFITO nº 500/2018 reconhece e disciplina a especialidade de Terapia Ocupacional no Contexto Escolar. Dessa forma, o profissional que atua nessa área promove inclusão e autonomia dos estudantes, facilitando sua participação nas atividades educacionais.
O público-alvo são alunos com necessidades relacionadas à coordenação motora, com disfunção neuromotora ou com múltipla deficiência. Nesse caso, o terapeuta ocupacional atua para desenvolver habilidades motoras, cognitivas e sociais no âmbito escolar.
Para conhecer as outras especialidades da Terapia Ocupacional reconhecidas pelo COFFITO, acesse.
A audiência pública na Câmara dos Deputados contou com a presença de convidados dos ministérios da Educação, da Saúde e dos Direitos Humanos e da Cidadania, assim como do IBGE e do Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB), entre outros.