
CAP/COFFITO discute inclusão de pessoas com TEA no mercado de trabalho
Quais medidas podem ser adotadas para que pessoas neurodivergentes sintam-se acolhidas e seguras no ambiente de trabalho? Quais ações concretas empresas e instituições públicas podem executar para favorecer seu desenvolvimento profissional e bem-estar? Essas e outras questões fizeram parte do debate promovido pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (13/8), durante audiência pública.
Integrantes da Comissão de Ações Políticas do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CAP/COFFITO) participaram da audiência sobre a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mercado de trabalho. O conselheiro federal e membro da CAP, Dr. Lucas Bittencourt, reforçou que terapeutas ocupacionais são profissionais preparados e melhor indicados para realizar, por exemplo, adaptação e adequação de pessoas autistas no ambiente laboral.
“Quem é o melhor profissional para trabalhar adaptação e adequação? O terapeuta ocupacional. [Ele] já trabalha no contexto escolar, na adequação de uma sala de aula, na adaptação de uma escola e na adequação dos professores para lidarem com crianças dentro do espectro autista”, defendeu Dr. Lucas Bittencourt. Além disso, ele lembrou que políticas públicas são fundamentais para assegurar o atendimento a pessoas com TEA, inclusive no serviço público.
Censo IBGE
De acordo com o Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA em todo o país, o que representa 1,2% da população no Brasil. Por exemplo, entre os grupos por idade, verificou-se que 1,1 milhão de crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos têm autismo. Os percentuais que indicam outras faixas etárias oscilaram entre 0,8% e 1,0%.
Na audiência pública, presidida pelo deputado federal João Daniel (PT-SE), além de Dr. Lucas Bittencourt e Dr. Juliano Tibola, membros da CAP, participaram das discussões representantes de entidades governamentais e de associações, bem como pessoas autistas diagnosticadas na vida adulta.