11/10 – Dia Nacional da pessoa com Deficiência Física
Mais inclusão e menos preconceito – Dia da Pessoa com Deficiência Física
Você acompanhou os Jogos Paralímpicos, no mês passado? Viu que os atletas brasileiros deram um show? Pois é, as pessoas com deficiência também são capazes, embora frequentemente muitos de nós, consciente ou inconscientemente, tentem fazê-los acreditar que não. Então, neste Dia da Pessoa com Deficiência Física, celebrado em 11 de outubro, vamos falar um pouquinho sobre esse assunto.
A data foi instituída por uma lei estadual de São Paulo de 1981, mas depois a comemoração passou a ser nacional. Essa lei não é a única a tratar dessa parcela da população. Uma delas, de 2015, é o Estatuto da Pessoa com Deficiência. O texto entre aspas a seguir, tirado do Estatuto, é longo, mas é muito importante para entender que todos, e não só o governo, têm responsabilidade.
“É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros.”
Pois é, não dá para sair por aí dizendo “isso não é problema meu”. E para quem ainda duvida da gravidade da situação, veja só este número. Em 2023, o Disque 100, que é mantido pelo governo federal e recebe denúncias de violações de direitos humanos, registrou 394.482 casos contra pessoas com deficiência. Quase 400 mil violações em apenas um ano! O Dique 100, inclusive, não é apenas por telefone. Ele está disponível na internet para fazer denúncia.
Existe até um nome para a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência: capacitismo. Se quiser entender melhor, o Ministério dos Direitos Humanos e o Ministério da Saúde têm uma cartilha com várias dicas de como enfrentar esse problema.
Agora, vamos falar da parte boa. Entre tanta gente que pode contribuir para dar uma vida melhor às pessoas com deficiência estão os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais.
Os fisioterapeutas desempenham um papel essencial na inclusão de pessoas com deficiência ao promover a reabilitação física, a melhoria da qualidade de vida e a autonomia funcional. A intervenção fisioterapêutica é adaptada às necessidades específicas de cada indivíduo, ajudando a desenvolver habilidades motoras, coordenação, equilíbrio e força muscular, o que facilita a participação em atividades diárias, escolares e sociais.
Os terapeutas ocupacionais também são importantes. Eles acreditam que as limitações impostas às pessoas com deficiência são produzidas socialmente, sejam elas barreiras ambientais ou atitudinais. Compreendê-las como seres ocupacionais nos possibilita vê-las como pessoas de direitos, com potencialidades que lhes permitem experimentar, se envolver, se engajar e realizar ocupações do dia-a-dia que lhes são significativas e dão sentido à sua vida, enquanto formas de estar no mundo.
O recado foi dado. Vamos juntos buscar um país melhor para as pessoas com deficiência. E nada de achar que isso vale apenas para o hoje: a luta é travada todos os dias.