
Dia Mundial de Prevenção do Suicídio: atuação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais reforça o cuidado à saúde mental
A saúde física e as condições sociais de vida impactam diretamente a saúde mental. Neste mês de setembro, quando se marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10/9), o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reafirma a relevância de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas como profissionais de saúde que atuam na prevenção do suicídio.
Dados divulgados recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, ao redor do mundo, mais de um bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais. O relatório “Saúde Mental Mundial Hoje” (2025) informa que, entre 2011 e 2021, o número de pessoas com essa condição cresceu mais rapidamente do que a população global.
Ainda segundo a OMS, os transtornos de ansiedade e depressivos são os mais comuns, afetando mais mulheres do que homens. Os transtornos mentais são a segunda principal causa de incapacidade, e o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens, mas outras faixas etárias também sofrem com o problema.
Promoção de saúde
A terapeuta ocupacional, professora e pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dra. Cláudia Pellegrini Braga, fala sobre a importância de políticas públicas de saúde mental. Atualmente, ela preside o Grupo Assessor Estratégico e Técnico sobre Saúde Mental, Saúde do Cérebro e Uso de Substâncias (STAG-MNS, na sigla em inglês), da OMS.
“As respostas para promoção de saúde e cuidado em saúde mental, saúde do cérebro e uso de substâncias são muitas vezes integradas, ou ao menos deveriam ser, seja porque essas condições compartilham características e determinantes sociais, políticos e comerciais, seja porque pessoas que vivem condições de saúde mental, neurológicas e relacionadas ao uso de substâncias têm necessidades complexas e entrelaçadas”, afirma.
Para Dra. Cláudia Braga, tanto a Fisioterapia como a Terapia Ocupacional são duas profissões que começaram no Brasil “em um contexto de criação de respostas para pessoas em situação de desvantagem social, construindo condições para que elas pudessem viver melhor e de forma mais digna”.
A especialista explica que a Terapia Ocupacional atua “junto a essas pessoas, construindo percursos de cuidado no cotidiano de vida, ampliando participação social e autonomia – e isso vale para pessoas de todas as idades”. Segundo ela, os terapeutas ocupacionais têm contribuído com o debate público acerca da saúde mental.
Em relação à Fisioterapia, o objetivo geral do tratamento em saúde mental é manter o estado de saúde do sujeito e, ao mesmo tempo, a reabilitação de sua capacidade funcional, restaurando sua integridade física, social e mental. Isso mostra que a Fisioterapia vai além da saúde física, pois sua atuação também está diretamente ligada ao bem-estar emocional.
Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são essenciais na promoção da saúde mental e prevenção do suicídio.
Leia também:
Mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais, revela OMS
OMS: Dra. Cláudia Braga destaca o Brasil como referência em políticas públicas de saúde mental
Cartilha Saúde Mental: Atuação da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional