Os órgãos da pessoa que você ama podem ajudar outros a viverem
Sabemos que não há nada que traga de volta uma pessoa querida que faleceu. Mas, nesse momento de dor, muitas vezes é possível levar alegria para outra família. Sim, estamos falando da doação de órgãos. É algo que salva vidas, é feito de forma gratuita na rede pública de saúde e, ao contrário do que pode parecer em alguns momentos, beneficia pessoas de todas as classes sociais.
Em 27 de setembro se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos e, ao longo do mês, há a campanha “Setembro Verde” para mostrar como é importante doar órgãos. Duvida? Veja só esses números. Em 2023, entre janeiro e setembro, houve 6.766 transplantes de órgão no Brasil. Dois terços disso – cerca de 4.500 – foram rins. Também houve muito transplante de fígado e de coração. É muita gente sendo salva, mas ainda há muito mais na fila esperando um órgão: 41.559 pessoas.
Saiba também que a doação não é feita de qualquer jeito. No Brasil, ela só pode ser realizada após a autorização da família, no caso do doador falecido. Isso é imprescindível, mesmo que a pessoa tenha dito, enquanto era viva, que gostaria de doar os órgãos.
Caso haja a autorização, podem ser doados rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, além de tecidos como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias. É considerado doador falecido quem teve diagnóstico de morte encefálica ou morte por parada cardiorrespiratória (parada cardíaca).
As doações também podem vir de uma pessoa viva, desde que ela seja maior de idade e saudável, e que a doação não prejudique sua própria saúde. O doador vivo tem também, é claro, de concordar com a doação, que pode ser de rim, de parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, desde que haja compatibilidade sanguínea com a pessoa que vai receber o órgão. Além disso, tem de ser parente até o quarto grau. Caso não seja, é preciso autorização judicial.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país em número de transplantes, atrás apenas dos Estados Unidos, mas passa para o primeiro lugar quando se considera somente a rede pública. É uma rede ampla, preparada para receber os órgãos doados, que não podem demorar para serem levados aos pacientes que vão recebê-los. O tempo varia de órgão para órgão, mas isso em geral não pode ultrapassar mais do que algumas horas.
Quer saber mais sobre a doação de órgãos? O Ministério da Saúde tem uma página com muitas informações, inclusive um extenso “perguntas frequentes” com respostas para várias dúvidas.