16 de agosto de 2024

De Ronaldo a Rebeca: Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais fazem diferença no esporte

Se você tem o costume de acompanhar notícias sobre esportes, com certeza já se deparou com a informação de que algum atleta está fazendo Fisioterapia para se recuperar ou até mesmo para evitar lesões. Pois saiba que a presença do fisioterapeuta é muito comum, e não é só no futebol. Nos Jogos Olímpicos de Paris, teve muito atleta reconhecendo a importância de seu fisioterapeuta.

O que dizer, por exemplo, de um dos orgulhos nacionais atualmente, a ginástica artística? Se você não viu, tem vídeo no YouTube do fisioterapeuta Alvaro Margutti emocionado após o bronze da equipe feminina nos Jogos Olímpicos de Paris. Aliás, o ouro de Rebeca Andrade também se deve muito à Fisioterapia. Em reportagem publicada no portal UOL, Alvaro contou que o trabalho, feito de forma individualizada, passou pelo monitoramento de cada detalhe das atletas. A própria Rebeca deu entrevista dizendo que, sem Fisioterapia, sequer estaria andando.

Na marcha atlética, o medalhista de prata Caio Bonfim também atribuiu parte do sucesso à Fisioterapia. São nove anos acompanhado pelo fisioterapeuta Tiago Fonseca, segundo reportagem publicada na ESPN. Não à toa, Caio destacou que se trata de um trabalho de uma vida inteira.

No skate, a Fisioterapia também é importante. Fez até mesmo um atleta mudar de cidade. O portal GE publicou uma reportagem sobre o skatista Luigi Cini, mostrando que ele, depois de uma lesão, decidiu se mudar de Curitiba para Florianópolis, e ficar perto de Alison Paz, fisioterapeuta da seleção brasileira de skate.

Atletas paralímpicos também contam com a importante ajuda desses profissionais. Em 2016, quando os jogos ocorreram no Rio de Janeiro, a nadadora Patrícia Pereira conquistou a medalha de prata na prova de revezamento 4×50 metros livre. Na época, ela destacou o papel da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional tanto no esporte como na vida de todos os cidadãos. E deixou claro: os bons resultados que obteve devem muito ao trabalho de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

E o que dizer do futebol? Experimente pesquisar no Google “jogador de futebol” e “fisioterapeuta” para ver quantos resultados aparecem. Viu? E reparou que não é só de time da primeira divisão? Um caso atual de jogador muito famoso machucado é o de Neymar. Adivinhe uma das coisas que ele está fazendo. Sim, acertou, Fisioterapia.

Se você tem idade suficiente para ter comemorado o penta na Copa do Mundo de 2002, deve se lembrar do sofrimento de Ronaldo, que já tinha sido eleito o melhor do mundo anos antes, mas vinha sofrendo com lesões. Sabe quem foi uma das pessoas mais importantes para ele se recuperar e terminar a Copa como artilheiro, com direito a dois gols na final contra a Alemanha?

Foi um fisioterapeuta chamado Nilton Petrone, mais conhecido como Filé, que já tinha trabalhado com outros jogadores, como Romário. Em 2022, em entrevista ao podcast “Papo de Guerreiro” do Fluminense, ele contou um pouco como foi aquela experiência, quando poucos apostavam na volta por cima de Ronaldo. Não foi fácil. O trabalho de recuperação foi longo, de um ano, e o joelho de Ronaldo, segundo o próprio Filé, estava do tamanho de uma bola de futebol de salão.

“Quando ele chegou na Copa, ele chegou com uma condição já muito elevada, num nível muito elevado para fazer a fase de preparação e depois a Copa do Mundo. Se ele não faz isso tudo, ele não ia conseguir chegar ao nível que chegou para a Copa”, contou Filé em 2022.