19 de outubro de 2024

Hoje é dia de combater a sífilis

Hoje é dia de combater a sífilis

Pense rápido e diga o nome de uma infecção sexualmente transmissível. Aposto que você disse aids, mas saiba que há várias outras, que também podem fazer muito mal à saúde. Uma delas é a sífilis, que pode inclusive matar. E olha que o número de casos, segundo dados do Ministério da Saúde, vem crescendo ano após ano, chegando a 213 mil em 2022. Como no terceiro sábado do mês de outubro se celebra o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, vamos explorar o assunto.

Além de ser transmitida pelo sexo, a doença também pode passar de mãe para filho durante a gravidez. Nesse caso, ela recebe o nome de sífilis congênita. E é muito importante tratar a mãe, porque a lista de complicações possíveis é extensa: abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental e morte ao nascer.

E como faço para saber se tenho sífilis? Vamos ver o que o Ministério da Saúde diz a respeito. Existe um teste rápido, disponível no SUS e com resultado que sai em no máximo 30 minutos. Se o resultado por positivo, é recolhido sangue para a realização de um teste laboratorial, que vai confirmar se a pessoa tem mesmo sífilis. No caso das gestantes, se o teste rápido apontar a doença, nem se espera o teste laboratorial para começar o tratamento, em razão do risco de transmissão ao feto.

O tratamento é feito com o antibiótico benzetacil, aplicado no posto de saúde, inclusive no caso das gestantes. Segundo o Ministério da Saúde, esse é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho.
Se a sífilis é transmitida sexualmente, podemos tirar ainda mais duas conclusões. A primeira é que se previne a doença com o uso da camisinha, seja ela a masculina ou a feminina. A segunda é que o parceiro sexual da gestante também deve ser monitorado, testado e tratado para evitar a reinfecção dela.

A doença tem diferentes estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária. A possibilidade de transmissão é maior nos estágios primário e secundário. Nessas duas fases, os sintomas somem sozinhos depois de algum tempo, mesmo sem tratamento. Isso pode dar a sensação de cura. O problema é que, após uma fase latente, em que não há sinais, há a sífilis terciária. Ela pode aparecer entre um e 40 anos depois do início da infecção e pode inclusive levar à morte.

Então, vamos ver agora os sinais de cada uma dessas fases:

  • na sífilis primária, há uma ferida, chamada de cancro duro, no local de entrada da bactéria, que não costuma coçar nem arder, não tendo pus, além de ser possível o aparecimento de ínguas (caroços) na virilha;
  • na sífilis secundária, podem surgir manchas, que em geral não coçam, no corpo;
  • na sífilis latente, não há sintomas;
  • na sífilis terciária, os principais sintomas são lesões cutâneas (na pele), ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo ainda provocar a morte.

Para terminar, sabia que foi uma lei de 2017 que instituiu o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita? Ela determina que os profissionais e gestores de saúde sejam estimulados a participar de atividades que enfatizem a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis.

Então já sabemos: os perigos de fazer sexo de forma não segura vão muito além da aids.

18 de outubro de 2024

Audiência pública na Câmara vai discutir divisão do COFFITO em dois conselhos

O deputado federal Waldemar Oliveira, presidente da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara, se comprometeu a realizar uma audiência pública para discutir a divisão do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). A ideia é criar dois conselhos: um apenas para a Fisioterapia e outro somente para a Terapia Ocupacional. O anúncio foi feito após reunião com integrantes do COFFITO na sede do órgão em Brasília, no dia 16 de outubro.

“Depois da reunião, a gente se comprometeu a chamar uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara, para tentarmos sensibilizar o governo federal a realizar essa divisão dos conselhos em um conselho de fisioterapia e um conselho de terapia ocupacional. É um pleito de ambas as categorias e eu acho bastante justo, vamos brigar por isso”, disse o deputado.

Kelly Ranyelle Alves Araújo Diniz, coordenadora da Comissão de Ações Políticas (CAP) do COFFITO, agradeceu o empenho do deputado.

O sistema composto pelo COFFITO e pelos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITOs) foi criado por meio da Lei nº 6.316, de 1975. Para que haja a sua divisão, é preciso uma nova lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República.

11 de outubro de 2024

11/10 – Dia Nacional de prevenção da Obesidade

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: não é só estética, é também saúde

Sabia que, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde, mais da metade da população brasileira está acima do peso? E uma de cada quatro pessoas no país é obesa? Pois é, o sobrepeso e a obesidade se tornaram problemas de saúde pública no Brasil, mas não vamos nos desesperar. Nada melhor do que aproveitar o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, celebrado em 11 de outubro, para saber o que pode ser feito.

Vamos começar então pelas soluções. Não que sejam fáceis, mas não dá para fugir delas. São bem conhecidas inclusive: alimentação saudável e atividade física. A cirurgia bariátrica, conhecida como “redução de estômago”, é recomendada para os casos mais graves de obesidade.

O ideal é dar preferência aos alimentos “in natura” — que são aqueles obtidos diretamente de plantas e animais, como frutas, folhas e ovos — e aos alimentos minimamente processados, como farinhas e leite pasteurizado. No lado oposto, estão os alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados (ou bolachas, não vamos brigar por isso!) e refrigerantes, que devem ser evitados. Claro que isso é a versão resumida. Há outras classificações para os alimentos. O Ministério da Saúde, inclusive, elaborou o “Guia Alimentar para a População Brasileira”, com muito mais dicas.

Quanto à atividade física, sabemos que muitas vezes falta tempo, mas, para ter saúde, não tem jeito. Nosso corpo foi feito para se mexer e aí até mesmo subir uma escada em vez de usar o elevador ou dar uma pedalada em vez de pegar o carro podem ajudar. Para auxiliar você, existe o “Guia de Atividade Física para a População Brasileira” do Ministério da Saúde, com dicas divididas por grupos, como crianças, adultos, idosos e gestantes.

Quer ver agora algumas consequências muito desagradáveis da obesidade? Ela é fator de risco para outras enfermidades, como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer. Está vendo como isso é muito mais do que uma questão de estética?

Para terminar, é bom lembrar que manter o peso saudável não é fácil. Não é simplesmente a falta de vontade que impede muitas pessoas de emagrecerem. Há vários fatores que contribuem para isso. Então, nada de condenar nem de fazer bullying a quem é obeso. O problema é muito grave para isso, tanto que foi aprovada uma lei em 2008 para instituir em 11 de outubro o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. O objetivo da data é ao mesmo tempo simples e difícil: conscientizar a população sobre a importância da prevenção da obesidade.

11 de outubro de 2024

Sistema COFFITO/CREFITOs na CCJC

Na quarta-feira, 9 de outubro, por meio da articulação do Dr. André Cruz, presidente do CREFITO-10, a Comissão de Ações Políticas (CAP) do COFFITO reuniu-se com a Deputada Federal Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em Brasília/DF.

A pauta da reunião incluiu a discussão de três Projetos de Lei prioritários para o Sistema COFFITO/CREFITOs, atualmente em tramitação na comissão:

  1. PL 988/2015 – Piso Salarial
  2. PL 3364/2019 – Regulamentação do Exercício da Terapia Ocupacional
  3. PL 1673/2021 – Saúde Funcional

O encontro foi bastante produtivo, reforçando o compromisso com o avanço da saúde no Brasil.

11 de outubro de 2024

11/10 – Dia Nacional da pessoa com Deficiência Física

Mais inclusão e menos preconceito – Dia da Pessoa com Deficiência Física

Você acompanhou os Jogos Paralímpicos, no mês passado? Viu que os atletas brasileiros deram um show? Pois é, as pessoas com deficiência também são capazes, embora frequentemente muitos de nós, consciente ou inconscientemente, tentem fazê-los acreditar que não. Então, neste Dia da Pessoa com Deficiência Física, celebrado em 11 de outubro, vamos falar um pouquinho sobre esse assunto.

A data foi instituída por uma lei estadual de São Paulo de 1981, mas depois a comemoração passou a ser nacional. Essa lei não é a única a tratar dessa parcela da população. Uma delas, de 2015, é o Estatuto da Pessoa com Deficiência. O texto entre aspas a seguir, tirado do Estatuto, é longo, mas é muito importante para entender que todos, e não só o governo, têm responsabilidade.

“É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros.”

Pois é, não dá para sair por aí dizendo “isso não é problema meu”. E para quem ainda duvida da gravidade da situação, veja só este número. Em 2023, o Disque 100, que é mantido pelo governo federal e recebe denúncias de violações de direitos humanos, registrou 394.482 casos contra pessoas com deficiência. Quase 400 mil violações em apenas um ano! O Dique 100, inclusive, não é apenas por telefone. Ele está disponível na internet para fazer denúncia.

Existe até um nome para a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência: capacitismo. Se quiser entender melhor, o Ministério dos Direitos Humanos e o Ministério da Saúde têm uma cartilha com várias dicas de como enfrentar esse problema.

Agora, vamos falar da parte boa. Entre tanta gente que pode contribuir para dar uma vida melhor às pessoas com deficiência estão os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais.

Os fisioterapeutas desempenham um papel essencial na inclusão de pessoas com deficiência ao promover a reabilitação física, a melhoria da qualidade de vida e a autonomia funcional. A intervenção fisioterapêutica é adaptada às necessidades específicas de cada indivíduo, ajudando a desenvolver habilidades motoras, coordenação, equilíbrio e força muscular, o que facilita a participação em atividades diárias, escolares e sociais.

Os terapeutas ocupacionais também são importantes. Eles acreditam que as limitações impostas às pessoas com deficiência são produzidas socialmente, sejam elas barreiras ambientais ou atitudinais. Compreendê-las como seres ocupacionais nos possibilita vê-las como pessoas de direitos, com potencialidades que lhes permitem experimentar, se envolver, se engajar e realizar ocupações do dia-a-dia que lhes são significativas e dão sentido à sua vida, enquanto formas de estar no mundo.

O recado foi dado. Vamos juntos buscar um país melhor para as pessoas com deficiência. E nada de achar que isso vale apenas para o hoje: a luta é travada todos os dias.

10 de outubro de 2024

10/10 – Dia Nacional de luta contra a violência à mulher

Vamos juntos vencer a luta contra a violência à mulher


Sabemos que não é uma luta fácil, mas também temos a certeza de que é fundamental travá-la. E isso vale tanto para as mulheres como para os homens.

A violência contra a mulher faz várias vítimas todos os dias, promovendo o medo e traumas, tirando vidas e deixando crianças órfãs. Neste 10 de outubro, Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, ainda temos muito a fazer.


Primeiramente, vamos falar um pouco de história. Por que 10 de outubro? Porque nessa data, em 1980, mulheres se reuniram nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo para protestar contra o aumento dos crimes de gênero no Brasil. De lá para cá, houve avanços, mas a violência contra a mulher continua a assombrar o país. Duvida? Veja então estes números.


Uma pesquisa de 2023, feita pelo Senado e pelo Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), mostrou que três de cada dez brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem.


O Mapa de Segurança Pública divulgado este ano pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública mostra que, em 2023, houve no Brasil 1.443 feminicídios, que são os homicídios em que a vítima é morta em razão de ser mulher, como no caso de um ex-parceiro que não aceita a separação. Isso significa um feminicídio a cada seis horas! O mesmo levantamento mostrou que, em 2023, 193 mulheres foram estupradas por dia. Para ficar mais claro: é um estupro a cada sete minutos e meio!


É por isso que não dá para baixar a guarda.
Nos sites de notícias, jornais, TVs e rádios, alguns desses casos acabam recebendo destaque e os números frios das estatísticas ganham um rosto. Ficamos sabendo de suas histórias e nos chocamos. Como é possível ter ainda homens que se acham donos das vidas dessas mulheres?


Felizmente há alguns meios para tentar parar com a violência e buscar a punição dos responsáveis. Um dos canais para fazer denúncias é o Ligue 180, da Central de Atendimento à Mulher, que também pode ser acessada pela internet. E não dá para esquecer a polícia. Várias cidades contam inclusive com uma delegacia da mulher preparada para receber essas denúncias.


Anos de lutas levaram, em 2006, à Lei Maria da Penha, que tem uma série de mecanismos para coibir a violência contra as mulheres. Em 2015, outra lei incluiu no Código Penal o feminicídio. Nesses casos, a pena prevista é de 12 a 30 anos, enquanto no homicídio comum é de seis a 20 anos.


Houve alguns outros avanços na lei, mas isso por si só não basta. É preciso também uma mudança de cultura em muita gente. É um processo lento, mas que precisa ser feito. O combate à violência à mulher é uma luta que está apenas começando.

10 de outubro de 2024

10/10 – Dia mundial da saúde mental

Abra sua mente: cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo


Você já deve ter ouvido por aí que a saúde é um direito, não é mesmo? Pois saiba que esse direito contempla inclusive a saúde mental. Veja só o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz a respeito: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade.” E como hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental, vamos falar um pouco sobre esse tema.


Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), há vários transtornos mentais, como a depressão, o transtorno afetivo bipolar, a esquizofrenia, a demência, entre outros. E eles são mais comuns do que você imagina. Quer ver? Dados do Ministério da Saúde apontam que em torno de 15,5% da população brasileira tenha depressão em algum momento da vida.


Apesar de comuns, os transtornos mentais ainda não recebem a atenção devida. A OMS estima que, em países de baixa e média renda, como é o caso do Brasil, entre 76% e 85% das pessoas com transtornos mentais não recebem tratamento. Mesmo nos países de alta renda, o índice fica entre 35% e 50%. Além disso, quase metade da população mundial de saúde vive em países onde, em média, há apenas um psiquiatra para 200 mil pessoas ou mais.


As causas dos transtornos mentais são variadas e não incluem apenas fatores individuais, como as habilidades de uma pessoa lidar com seus pensamentos, emoções e comportamentos. É muito mais do que isso. Fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais também importam, o que inclui, por exemplo, sistemas nacionais de proteção social e condições de trabalho. Não é preciso voltar muito no tempo para entender isso. A covid-19 ataca principalmente o sistema respiratório, mas os problemas decorrentes da pandemia deixaram mais evidente ainda como é importante ter saúde mental. E se a cabeça não está bem, o corpo também sofre.


De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), adversidades no começo da vida são um fator de risco. Então, não custa continuar batendo na tecla de como é importante proteger as crianças. Também segundo a OMS, pessoas com transtornos mentais têm maiores taxas de mortalidade. Um exemplo: pessoas com depressão e esquizofrenia tem de 40% a 60% mais chance de morrer prematuramente do que a população em geral. Outro dado da OMS que pode chocar: no mundo, o suicídio é a segunda causa mais comum de morte entre os jovens.


Transtornos mentais têm outras consequências, tanto na saúde como socialmente. A depressão, por exemplo, pode deixar as pessoas mais predispostas a infarte e diabetes. Além disso, é comum que esses tipos de transtorno levem pessoas e famílias para a pobreza.


No Brasil, os principais atendimentos em saúde mental são realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) espalhados pelo país. Os CAPS, que integram o Sistema Único de Saúde, acolhem pessoas com sofrimento ou transtorno mental e problemas decorrentes do uso de álcool e drogas. Em geral, você encontra a lista dos centros no site da prefeitura de sua cidade ou do governo estadual.

7 de outubro de 2024

COFFITO recebe CFFa

O Presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Dr. Sandroval Francisco Torres, recebeu na Sede do COFFITO a Presidente do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), Dra. Andréa Cintra Lopes (ao lado esquerdo do Presidente), e a Diretora Tesoureira do CFFa, Dra. Maria Esther de Araújo (à direita na foto).

A reunião, realizada nesta quinta-feira (03/10), contou com a participação do Diretor Tesoureiro do COFFITO, Dr. Silano Souto Mendes Barros e da Chefe de Gabinete da Presidência, Mariana Rodrigues Pereira (ambos, à esquerda da foto).

Na ocasião, foram pautadas as atuações em comum dos profissionais fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, bem como direcionados alguns encaminhamentos de Projetos de Lei em andamento na Comissão de Ações Políticas do COFFITO e na de Assuntos Parlamentares e Relações Institucionais do CFFa.

7 de outubro de 2024

Participação no V Meeting da FENAFISIO

O Dr. Sandroval Francisco Torres esteve presente no evento organizado pela Federação Nacional de Associações e Empresas de Fisioterapia (FINAFISIO), em São Paulo/SP, nos dias 27 e 28 de setembro de 2024.

No sábado, o Presidente do COFFITO participou de uma roda de conversa sobre Liderança e Formação de Equipes, juntamente com demais profissionais fisioterapeutas Dr. Felipe de Carvalho, Dr. Andrey Wirgues e Dr. Wendel Santiago como mediador.

O evento contou com a participação de diversos profissionais que abordaram variadas temáticas, além das supramencionadas, como governança, tecnologia e inovação, saúde baseada em valor, perspectivas na área da saúde e desafios do comportamento profissional e nos diferentes cenários na prestação de serviços na fisioterapia.

4 de outubro de 2024

Carta Aberta à População.

No dia 30 de setembro de 2024, foi publicada no Diário Oficial da União a Resolução No 2.416, de 19 de setembro de 2024, do Conselho Federal de Medicina (CFM) e, estarrecidos, constatamos que, a pretexto de dispor sobre atos próprios dos médicos, o CFM pretendeu interferir ilegalmente no exercício das demais profissões regulamentadas da saúde, e ainda, na tentativa aparente de criminalizar o trabalho dos demais profissionais, estabeleceu uma proteção injustificável a erros médicos.

Inicialmente, cumpre deixar registrado que a Medicina é uma profissão milenar, que merece e possui todo o nosso respeito, e vem evoluindo técnica e cientificamente com o passar dos anos. Todavia, a Medicina não é a única profissão em saúde, nem detém o monopólio de atendimento aos pacientes. Assim como a Medicina, todas as demais profissões na área da saúde vêm evoluindo, especializando-se e oferecendo, cada vez mais, melhores e eficazes procedimentos aos pacientes.

Nesse contexto, o atendimento multidisciplinar já se apresenta como uma realidade que não pode ser modificada por uma resolução, mesmo porque todas as profissões atuam resguardadas pela liberdade de trabalho, consagrada na Constituição Federal e amparadas pela regulamentação de suas profissões.

As Ciências em Saúde especializaram-se, mas o CFM parece pretender alterar  a  realidade  através  de  uma  resolução  ilegal,  na  tentativa  de  se autoconceder um monopólio sobre atos e procedimentos, que o legislador pátrio já declarou inexistir quando foi publicada a lei do ato médico.

Ilegalmente, eis que extrapolando suas competências legais e invadindo competências outorgadas a outros Conselhos Profissionais, o CFM publicou uma resolução para limitar o labor dos demais profissionais em saúde, assim como a relação entre os médicos e esses profissionais.

A resolução se dispõe a declarar como privativos técnicas e procedimentos largamente utilizados por outros profissionais, e até mesmo impede o acesso desses profissionais a laudos de exames, contrariando o próprio Poder Judiciário, que, dezenas de vezes, reconheceu o direito dos fisioterapeutas, por exemplo, de solicitar exames complementares, que possam auxiliá-los no acompanhamento da evolução dos pacientes em tratamento.

Sem dúvidas, mais do que os profissionais, os pacientes serão os maiores prejudicados, seja por serem obrigados a pagar uma consulta médica como condição para ter acesso a uma solicitação de exame, ou ter que aguardar por meses na fila por tal solicitação, antes de prosseguir com seu tratamento.

Vivemos em um país onde o déficit de atendimento em saúde é inegável, e, por essa razão, ficamos verdadeiramente estarrecidos quando constatamos que o CFM prefere dificultar o acesso a uma assistência pelos profissionais da saúde, para estabelecer uma reserva de mercado em seu favor. Vergonhoso!

A resolução prossegue estabelecendo uma tentativa de criminalização do atendimento pelos demais profissionais de saúde, ao impedir o médico de emitir declaração de óbito e obrigá-lo a comunicar a autoridade policial, nas “situações suspeitas do exercício ilegal de medicina”, mas não prevê a mesma conduta quando o fato ocorrer no âmbito do efetivo atendimento médico.

Não custa lembrar que, segundo estudo da OMS, do ano de 2023, a cada um minuto, cinco pessoas acabam perdendo a vida por conta de um erro médico no mundo. E no Brasil, um paciente morre a cada seis horas por erro médico. CLIQUE AQUI e veja

Talvez por essa razão, nesse ano de 2024, o CFM apoiou institucionalmente a solicitação para que o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acolhesse pedido de alteração da Tabela Processual Unificada (TPU) do Poder Judiciário, para eliminar dos assuntos dos processos judiciais a terminologia “erro médico”. CLIQUE AQUI e veja

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) é uma autarquia que preza e luta pelo pleno acesso do cidadão a serviços de qualidade na área da saúde, e pela garantia do pleno exercício profissional pelos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, motivo pelo qual buscará o Poder Judiciário, a fim de que as ilegalidades previstas na Resolução No 2.416/2024 do CFM sejam declaradas.

SANDROVAL FRANCISCO TORRES

PRESIDENTE DO COFFITO