31 de outubro de 2025

CREFITO-10 realiza 1ª Semana Estadual de Conscientização para o Enfrentamento da Dor Crônica

Entre os dias 12 e 18 de outubro, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10ª Região (CREFITO-10) realizou, em Florianópolis, a primeira edição da Semana Estadual de Conscientização para o Enfrentamento da Dor Crônica.

Instituída pela Lei nº 19.417/2025, a Semana representa um avanço importante na construção de políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade de vida de pessoas com dor crônica.

A iniciativa é resultado da articulação do CREFITO-10, sob a presidência de Dr. André Cruz, que apresentou à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) uma proposta inspirada no projeto “Brasil sem Dor”, da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), representada pela Dra. Juliana Barcellos.

Dr. André Cruz destacou que o projeto é fruto de um esforço coletivo que beneficia diretamente a população. “Quando o CREFITO-10, a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor e o Parlamento Catarinense se unem, nascem frutos concretos, como esta Semana, um marco inédito que mostra que, quando ciência, gestão pública e compromisso social caminham juntos, quem ganha é a sociedade. Santa Catarina é o primeiro estado da Federação a aprovar uma lei como essa”.

As atividades ocorreram em várias cidades e tiveram destaque no dia 17, com um ciclo de palestras e mesas-redondas na Alesc, reunindo especialistas para debater o tratamento da dor crônica sob uma perspectiva multidisciplinar e centrada no paciente. O CREFITO-10 também enviou ofícios às 295 câmaras municipais do estado, incentivando ações locais e ampliando o alcance da mobilização.

“O clima foi de integração, respeito e propósito comum. Em cada fala, ecoava a mesma mensagem: a dor crônica exige empatia, ciência e trabalho em conjunto. A Semana Catarinense mostrou que, quando diferentes saberes se unem em torno do mesmo ideal, o cuidado ganha voz, rosto e resultado”, afirmou a representante da SBED, Juliana Barcellos.

30 de outubro de 2025

7.º Congresso Brasileiro de Fisioterapia Dermatofuncional começa nesta quinta-feira (30/10) em Belo Horizonte

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) marca presença na sétima edição do Congresso Brasileiro de Fisioterapia Dermatofuncional (7.º Cobrafidef), que acontece a partir desta quinta-feira (30/10) e vai até sábado (1º/11), em Belo Horizonte.

Promovido pela Associação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional (Abrafidef), o evento na capital mineira reunirá palestrantes, profissionais e estudantes interessados em discutir os avanços e desafios dessa área, que transforma a ciência em cuidado e qualidade de vida. A programação inclui workshops, simpósios e mesas-redondas com foco em inovação, atualização profissional e troca de experiências.

Na solenidade de abertura oficial, marcada para esta quinta, às 17h30, o conselheiro federal Dr. Juliano Tibola representará o COFFITO, reforçando o compromisso da autarquia com o fortalecimento e o reconhecimento da Fisioterapia Dermatofuncional e de seus especialistas em todo o país.

Entre os temas abordados, destacam-se o diagnóstico e manejo de complicações pós-cirúrgicas, o uso de injetáveis e novas tecnologias para reparo tecidual, o tratamento da flacidez pós-bariátrica e a atuação do fisioterapeuta dermatofuncional em doenças complexas. Também será debatido o impacto da Inteligência Artificial no empreendimento do fisioterapeuta dermatofuncional.

SERVIÇO

7.º Congresso Brasileiro de Fisioterapia Dermatofuncional (7.º Cobrafidef)

Data: 30 de outubro a 1º de novembro de 2025
Horário: 17h30 (solenidade de abertura oficial no dia 30)
Local: Centerminas Expo – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: Programação oficial

30 de outubro de 2025

Fisioterapia é destaque em oportunidades de empreendedorismo e inovação na área da saúde

Recentemente, o setor de saúde ganhou visibilidade em um reality show de empreendedorismo exibido no Brasil. Com isso, o debate sobre as inovações e as perspectivas de negócio na Fisioterapia recebe atenção. Na última temporada do programa, um fisioterapeuta empreendedor apresentou seu modelo de negócio inovador, focado em problemas relacionados ao equilíbrio corporal.

Para o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), essa visibilidade é uma excelente oportunidade para aprofundar a reflexão sobre a posição da profissão no contexto atual: uma área em crescimento, mais visível, e que deve reafirmar seus princípios.

De acordo com o fisioterapeuta Michel Maggi, a reabilitação vestibular é capaz de promover uma vida plenamente. “Somos agentes essenciais na promoção da independência funcional e na redução de riscos que comprometem a saúde pública e a dignidade humana”, comenta.

Com uma trajetória que une formação clínica e em gestão, o também empreendedor demonstrou como a união do conhecimento técnico com a visão administrativa pode resultar em um negócio sustentável e de grande impacto social: “Em um país que envelhece rapidamente, o fisioterapeuta especializado em equilíbrio assume um papel de primeira linha na prevenção de quedas e na manutenção da autonomia, promovendo um envelhecimento ativo, seguro e sustentável”, afirma.

O fundamento da proposta defendida pelo profissional foi a interligação entre saúde e perspectiva de negócios. “A saúde, por mais que seja um nicho, deve ter esse olhar voltado para o negócio, pois lidamos com vidas”, ressalta o empreendedor. Nesse caso, sua ênfase é clara: o foco não está exclusivamente no lucro, mas prioriza o impacto humano e o objetivo de “ajudar as pessoas a retomarem o equilíbrio físico e emocional”.

Reconhecimento da Fisioterapia

A presença da Fisioterapia em plataformas de grande alcance, como programas de empreendedorismo, traz importantes significados para a profissão. Um deles é a exposição da Fisioterapia especializada, que leva ao público geral questões como tontura, desequilíbrio e zumbido, condições que demandam diagnóstico e tratamento fisioterapêutico especializado. Isso contribui para o aumento do reconhecimento e valorização da profissão nessas áreas clínicas.

”Levar essa pauta ao reality foi também uma forma de mostrar que a inovação em saúde nasce do cuidado, da ciência e da empatia, e que a Fisioterapia é protagonista nessa transformação”, declara Michel.

Além disso, o caso demonstra, na prática, o potencial dos fisioterapeutas em atuar como empreendedores, utilizando seu conhecimento técnico para desenvolver soluções de mercado que atendam às necessidades da população e gerem valor.

O COFFITO incentiva os profissionais a divulgar eticamente suas conquistas, o que fortalece a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional.

30 de outubro de 2025

ELEIÇÕES CREFITO-4: Belo Horizonte conclui sorteio público para Comissão Eleitoral

Realizado no dia 22 de outubro, em Belo Horizonte, o sorteio público aleatório para definir os integrantes da Comissão Eleitoral do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região (CREFITO-4) é parte do processo eleitoral para escolha de conselheiros titulares e suplentes da autarquia regional, em Minas Gerais, para o mandato de 2026 a 2030.

Dentre os 20 sorteados, o presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), Dr. Sandroval Torres, vai designar seis integrantes para a Comissão Eleitoral. Ela será responsável por conduzir e fiscalizar todas as etapas da eleição.

Para garantir a transparência e a participação democrática no processo eleitoral, o sorteio foi feito entre profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional que residem na capital mineira, cujos nomes já haviam sido divulgados em lista oficial nos sites do CREFITO-4 e do COFFITO.

29 de outubro de 2025

Run Therapy: primeira edição da corrida nacional une celebração e movimento em homenagem aos 50 anos do Sistema COFFITO/CREFITOs

A primeira edição da Run Therapy: Corrida Nacional Fisio & TO chegou ao fim com grande sucesso, reunindo fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e acadêmicos de todo o Brasil, em uma celebração especial do cinquentenário do Sistema COFFITO/CREFITOs.

Realizada durante o mês de outubro de 2025, a iniciativa marcou o evento inédito proposto às categorias, passando por todas as cidades dos CREFITOs aderentes ao projeto, como Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Goiânia (GO), Brasília (DF), Teresina (PI) e Vila Velha (ES). Mais do que uma competição, a Run Therapy promoveu confraternização e incentivo à prática esportiva.

Os participantes das provas que alcançaram o pódio receberam troféus simbólicos em suas respectivas categorias, encerrando a corrida com energia e emoção.

A competição prestou homenagem a ambas as profissões, regulamentadas há 56 anos, em 13 de outubro, por meio do Decreto-Lei nº 938/1969, e reforçou o compromisso do Sistema com a valorização e visibilidade dos profissionais.

Criado pela Lei n.º 6.316/1975, o Sistema COFFITO/CREFITOs assegura o exercício ético e qualificado da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, destacando que fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são profissionais independentes.

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23 de outubro de 2025

Por que aprovar o piso salarial da Fisioterapia e Terapia Ocupacional?

Entenda o piso salarial de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais

O Projeto de Lei nº 1731/2021 estabelece como piso salarial nacional para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais o valor de R$ 4.650, com carga horária de 30 horas semanais. A proposta já foi aprovada no Senado Federal e em todas as comissões designadas pela Câmara dos Deputados, inclusive na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), onde o relator, deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), já havia apresentado parecer favorável.

O texto agora retorna para o Senado, onde foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que apreciará as modificações realizadas na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara: a redução do valor original, a especificação da fonte orçamentária e a definição do repasse da União. A partir daí, vai direto para sanção presidencial.

Durante a tramitação na Câmara, o texto passou a tramitar sob o número 988/2015, por ser o mais antigo entre os sete projetos sobre o piso salarial que foram apensados. Nos termos do art. 143 do Regimento Interno da Câmara, o projeto mais antigo assume a condição de principal. Na CFT, entretanto, o relator acolheu o conteúdo do PL 1731/2021. A Comissão reduziu o piso para R$ 4.650, sem previsão de reajuste escalonado. Esse valor foi o que seguiu para a CCJC, sendo aprovado em 8 de julho de 2025.

A aprovação do piso salarial não modifica ou interfere na carga horária de 30h semanais prevista em lei para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais (Lei nº 8.856/94).

Investimento e economicidade do SUS

Mesmo com custos anuais para o setor público, é importante que essa despesa seja vista como investimento estratégico em saúde pública e na economicidade do Sistema Único de Saúde (SUS) a longo prazo. Isso porque os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são fundamentais para a redução da necessidade de intervenções mais complexas; diminuição da demanda por consultas médicas e uso de medicamentos; encurtamento do tempo de internação e redução de internações, assim como melhoria da qualidade de vida da população.

Ministério da Saúde

De acordo com a Nota Técnica nº 16/2024 do Ministério da Saúde (MS), para o setor público, a estimativa é que os custos do piso sejam em torno de R$ 648 milhões ao ano (33% do impacto total). Ou seja, de todos os pisos nacionais apresentados e em tramitação, é o mais antigo e com menor impacto financeiro. A título exemplificativo, o custo necessário para instituir o piso é sete vezes inferior ao da Enfermagem, aprovado em 2022.

A metodologia para estimar o Impacto Orçamentário Anual (IOA) considerou a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO 2002), que identifica as duas categorias. Além disso, o MS levantou os vínculos de trabalho e suas respectivas cargas horárias, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do ano-base 2021, especificando o Valor Hora Real (VHR). Para isso, o Ministério utilizou dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), referentes a dezembro de 2023. 

Saiba o que mais foi considerado:

Ajuste às jornadas de trabalho: o levantamento calculou a proporcionalidade do piso de R$ 4.650 para diferentes cargas horárias e jornadas semanais; 

Exclusão de salários acima do piso: vínculos de trabalho cujo valor hora já era superior ao proposto no PL foram desconsiderados no cálculo;

Cálculo do Valor Hora Complementar (VHC): para cada profissional, calculou-se o VHC, representando o quanto seria necessário acrescentar ao salário atual para alcançar o piso; 

Estimativa anual: somando-se os VHCs de todos os vínculos e multiplicando por 13 parcelas mensais, estimou-se o impacto orçamentário do ano.   

De acordo com esses dados solicitados pelo Ministério da Saúde e com o relatório aprovado na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, há viabilidade financeira e orçamentária para o piso salarial de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Essa comissão indicou como fonte orçamentária a tributação de energia proveniente das termelétricas.

Parecer do PL 988/2015

O relatório de Duarte Jr. na CCJC apresenta sólida argumentação constitucional em defesa da possibilidade de fixação de piso salarial por meio de lei ordinária, inclusive para servidores públicos, com base no art. 7º, inciso V, da Constituição Federal. 

O texto incorpora jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), destacando que a iniciativa parlamentar é válida em matéria de direitos sociais, desde que não haja reserva expressa ao chefe do Executivo. O parecer também reconhece a tramitação da PEC 24/2022 como fator de segurança jurídica, mas sem considerá-la condição sine qua non para a instituição do piso. A PEC 9/2025, atualmente em análise na CCJC da Câmara, já busca estabelecer que as diretrizes para os Planos de Carreira e os pisos salariais nacionais dos profissionais de saúde do SUS sejam fixadas por lei federal.

Nesse sentido, inclusive, o parecer favorável à aprovação do PL menciona decisões do STF que, em casos de previsão constitucional expressa, validaram leis federais de origem parlamentar que tratavam de pisos salariais. Duarte Jr. argumenta que a fixação do piso salarial é compatível com o direito dos trabalhadores urbanos e rurais, previsto na Constituição Federal. Isso porque a matéria permite a melhoria da condição social de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. 

De acordo com o documento, o piso salarial “é mero ponto de partida para o cálculo do salário” e “integra o conjunto de direitos fundamentais que garantem condições mínimas de dignidade ao trabalhador”.

Parecer da PEC 24/2022

Em maio de 2025, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) também apresentou parecer favorável à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 24/2022. O parlamentar é o relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. 

O objetivo da PEC é incluir o piso salarial no texto constitucional. A proposta altera o § 12 do art. 198 da Constituição Federal de 1988, estendendo a permissão de estabelecimento de piso salarial nacional, que atualmente abrange enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras, para incluir fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. 

Sobre a viabilidade financeira, o parecer menciona que a Emenda Constitucional nº 127, de 2022, já abordou a questão da imposição de um piso a estados e municípios, prevendo a transferência de recursos para cobrir essas despesas. 

Ainda no parecer de Kajuru, ele afirma que houve um aumento de 725% na demanda por fisioterapeutas desde 2020, devido à pandemia de Covid-19, seus efeitos debilitantes e o envelhecimento da população. Além da atenção à saúde do trabalhador, a demanda aumentou em áreas como Fisioterapia respiratória, geriátrica, neurológica e esportiva.

Quanto aos terapeutas ocupacionais, a necessidade desses profissionais aumentou 35% entre 2022 e 2024, impulsionada pelos efeitos da pandemia na saúde psíquica, o envelhecimento da população, a dinâmica da vida moderna e a necessidade atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O senador considera que a PEC é um reconhecimento do papel essencial desses profissionais nos sistemas de saúde público e privado.

23 de outubro de 2025

CREFITO-17 sedia Fórum Itinerante do Sistema COFFITO/CREFITOs em Aracaju

Nesta quarta-feira (22/10), o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 17ª Região (CREFITO-17) recebeu, em Aracaju, a sétima edição do Fórum Itinerante de Gestão, Boas Práticas e Integração do Sistema COFFITO/CREFITOs. O encontro reuniu presidentes e lideranças das autarquias federal e regionais para discutir pautas importantes voltadas ao fortalecimento dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

O presidente do CREFITO-17, Dr. Jader Pereira de Farias Neto, destacou a relevância do evento como um marco para o fortalecimento das profissões. A reunião foi conduzida pelo presidente do COFFITO, Dr. Sandroval Torres, e contou com a presença de demais presidentes, diretores e assessores do Sistema COFFITO/CREFITOs.

Durante sua passagem pela cidade de Aracaju, Dr. Sandroval e Dr. Jader também participaram, na noite anterior, da inauguração da nova sede do CREFITO-17. O encontro reuniu, ainda, a vice-presidente da autarquia regional, Dra. Andrezza Marques Duque, e os diretores Dra. Mylena Maria Salgueiro Santana e Dr. Lucas Moraes Rego.

O Fórum Itinerante tem percorrido diversas capitais brasileiras. Antes de chegar a Aracaju, o evento foi realizado em Brasília, Vitória, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza. A próxima edição está prevista para ocorrer em São Paulo ainda neste ano.

Galeria de imagens:

Foto: Dr. Sandroval (centro) participa de inauguração
do Crefito-17 / Crédito: Juan Andrade
Crédito: Crefito-17

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22 de outubro de 2025

COFFITO 50 anos: em sessão solene histórica na Câmara, parlamentares destacam relevância da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional

Para celebrar as cinco décadas do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e o mês em que se comemora o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, nesta quarta-feira (22/10), o Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados foi palco da primeira sessão solene em homenagem ao Sistema COFFITO/CREFITOs.

A fisioterapeuta e deputada federal Iza Arruda (MDB-PE), que propôs a solenidade, presidiu a sessão histórica. Ela conduziu a reunião ao lado de sua colega Alice Portugal (PCdoB-BA); da vice-presidente do COFFITO, Dra. Marianna Sousa, e do coordenador da Comissão de Ações Políticas (CAP) da autarquia, Dr. Silano Barros.

Também participaram o senador Ângelo Coronel (PSD-BA); os deputados federais Ricardo Maia (MDB-BA), José Airton Cirilo (PT-CE), Túlio Gadêlha (REDE-PE), Gilberto Nascimento (PSD-SP), Renildo Calheiros (PcdoB-PE), Bebeto (PP-RJ) e Kim Kataguiri (União-SP), além de estudantes e representantes dos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITOs).

A presidente da sessão leu a mensagem enviada pela deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), assim como leu menção de agradecimentos aos deputados Pedro Campos (PSB-PE) e Duarte Jr. (PSB-MA).

Representatividade e ensino presencial

Única representante fisioterapeuta no Congresso Nacional, a deputada Iza Arruda destacou o caráter histórico da solenidade e o reconhecimento dos profissionais da saúde: “Este momento é histórico, e cada pessoa que está aqui ficará registrada na história da saúde do país”. Ela lembrou a atuação decisiva dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais durante a pandemia de Covid-19, chamando-os de “heróis invisíveis” e ressaltando que sua atuação vai muito além do ambiente hospitalar, alcançando escolas, comunidades e equipes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A deputada Alice Portugal reforçou a importância de garantir a qualidade da formação acadêmica presencial e manifestou preocupação com a expansão de cursos a distância na área da saúde. Defendeu o ensino presencial e destacou o projeto de lei de sua autoria que proíbe a oferta de cursos de graduação em saúde na modalidade Educação a Distância (EaD), em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara. “Como formar um profissional de Fisioterapia a distância? […] É uma questão de responsabilidade com a vida”, afirmou.

Em seu discurso, Alice Portugal também ressaltou a necessidade de assegurar autonomia e reconhecimento aos atos profissionais: “É preciso garantir que tudo o que o curso permitir fazer seja, legalmente, permitido realizar”.

Compromisso, autonomia profissional e SUS

Terapeuta ocupacional e vice-presidente do COFFITO, Dra. Marianna Sousa emocionou o público ao destacar o papel singular da Terapia Ocupacional, profissão que une técnica e sensibilidade no cuidado à pessoa. “O terapeuta ocupacional atua onde a autonomia foi interrompida e o sentido de existir precisa ser reencontrado. É uma profissão profundamente social”, afirmou.

Diretor do COFFITO e coordenador da Comissão de Ações Políticas (CAP) da autarquia, Dr. Silano relembrou a conquista da autonomia profissional garantida pelo Decreto-Lei nº 938/1969, destacando que fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são profissionais independentes: “A caneta que prescreve a Fisioterapia está nas mãos do fisioterapeuta; a da Terapia Ocupacional, nas mãos do terapeuta ocupacional”.

Dr. Silano reafirmou o compromisso com o SUS e a dignidade humana, defendendo a formação voltada às necessidades da população. Além disso, ele mencionou a frase que o presidente do COFFITO, Dr. Sandroval Torres, costuma dizer: “Juntos, honramos o passado, vivemos o passado e construímos o futuro”.

Com cinco décadas de história, o Sistema COFFITO/CREFITOs consolidou-se como autarquia essencial para a regulamentação, valorização e fortalecimento das profissões. Criado pela Lei nº 6.316/1975, o Conselho assegura o exercício ético e qualificado da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional.

Para assistir à íntegra da sessão solene, acesse o canal do COFFITO no Youtube ou no site da Câmara dos Deputados.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

21 de outubro de 2025

COFFITO destaca papel essencial de fisioterapeutas oncológicos na prevenção, no tratamento e na recuperação de pacientes com câncer de mama

Durante o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reforça a importância da Fisioterapia Oncológica no cuidado integral às pacientes. A fisioterapeuta Dra. Camila Porto, especialista na área e autora do livro Além da Cura Física (2024), concedeu entrevista ao Conselho e abordou a relevância da profissão na prevenção, no tratamento e na recuperação de pacientes com esse tipo de câncer, que afeta mais as mulheres.

Dra. Camila comenta que o fisioterapeuta oncológico é parte fundamental da equipe multidisciplinar que acompanha o paciente. “O profissional atua desde o pré-operatório, com orientações e exercícios preparatórios, até o pós-operatório, auxiliando na preservação da funcionalidade, do movimento e na redução de dores e complicações decorrentes de cirurgias, quimioterapia e radioterapia, devolvendo a qualidade de vida”, destaca.

Entre as técnicas mais utilizadas, estão os exercícios terapêuticos, a drenagem linfática manual, cinesioterapia respiratória e terapias manuais que favorecem a mobilidade, a funcionalidade e a autoestima. “Esses recursos reduzem a fadiga relacionada ao câncer e melhoram significativamente a qualidade de vida durante o tratamento ativo”, acrescenta.

Para 2025, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil.

Avanços e abordagem humanizada

A especialista ressalta, ainda, que os avanços tecnológicos têm aprimorado a prática clínica. Ela explica que “novos equipamentos e protocolos têm potencializado os resultados da reabilitação oncológica, como a bioimpedância segmentar, que ajuda a identificar precocemente o risco de linfedema; a laserterapia e fotobiomodulação, que aceleram a regeneração tecidual; e o uso de bandagens elásticas para drenagem e alívio da dor. E isso é animador. Mas o maior avanço continua sendo o olhar. A ciência tem evoluído, mas é o cuidado integral, o toque com propósito e a escuta ativa que transformam o processo de reabilitação em um verdadeiro reencontro com a vida”.

Além dos benefícios físicos, Dra. Camila reforça a dimensão humana do cuidado: “A Fisioterapia também é acolhimento. Cada paciente tem uma história e um ritmo. O tratamento personalizado é fundamental para oferecer segurança e esperança durante a jornada contra o câncer. Quando eu mesma estive do outro lado, como paciente, percebi o quanto o acolhimento faz diferença. Às vezes, o que o paciente mais precisa não é de mais uma sessão, mas de alguém que olhe nos olhos e diga: “você vai conseguir”. Personalizar o cuidado é unir técnica e empatia”.

Prevenção e conscientização

O profissional de Fisioterapia também atua na prevenção, orientando sobre hábitos saudáveis, prática regular de atividade física e a importância do diagnóstico precoce. “A prevenção é um pilar que precisa ser fortalecido. Inchaços persistentes, dor localizada, limitação de movimento… O corpo sempre fala e precisamos aprender a escutá-lo. A Fisioterapia, nesse sentido, ajuda as pessoas a se conhecerem melhor, a perceberem alterações sutis e a procurarem ajuda de forma precoce”, lembra.

Dra. Camila Porto deixa uma mensagem para a população: “O movimento é uma forma de fé. Não espere o corpo adoecer para começar a cuidar. Movimente-se, previna-se, escute os sinais. E, se o câncer chegar, saiba que há vida, muita vida, durante e depois do tratamento. A Fisioterapia é uma ponte para essa vida que renasce”.

Foto: Dra. Camila Porto/Acervo pessoal

21 de outubro de 2025

GT/COFFITO reafirma importância de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no acesso universal aos cuidados paliativos

Muito mais do que restaurar funções, os cuidados paliativos preservam significados, vínculos e identidades, permitindo que cada pessoa viva até o fim com autonomia e dignidade. Por isso mesmo, o Grupo de Trabalho (GT) dos Cuidados Paliativos do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), comprometido com a assistência compassiva, equitativa e acessível, reafirma o papel da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional na promoção da vida até o fim.

Neste mês em que marca o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado anualmente no segundo sábado de outubro (neste ano, foi dia 11), o tema de 2025 da campanha é “Acesso Universal aos Cuidados Paliativos”. De acordo com o GT, a reabilitação paliativa amplia o olhar sobre o cuidado. Ela é sustentada por modelos contemporâneos propostos por autores que pesquisam cuidados paliativos.

Além disso, em contextos de doenças graves e ameaçadoras da vida, o trabalho de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais é essencial para maximizar a independência possível, favorecer a adaptação às mudanças corporais e sociais, e apoiar o paciente e a família na construção de um cotidiano possível, significativo e pleno.

O Grupo de Trabalho do COFFITO reforça três pilares da atuação nos cuidados paliativos: comunicação, educação e integração com equipe interprofissional.

Alinhamento com a PNCP

Com o objetivo de regulamentar as profissões em alinhamento com a Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP), do Ministério da Saúde, o GT também busca qualificar os profissionais sobre o contexto da reabilitação paliativa. Em breve, ele vai disponibilizar um guia para orientar fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nesse sentido.