24 de julho de 2014

Novo sistema da ANS garantirá transparência aos serviços de saúde

Novo sistema da ANS garantirá transparência aos serviços de saúde

Ferramenta permitirá exatidão entre contratos e pagamentos de OPS e profissionais de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em busca de eficiência e padronização, criou um novo sistema para dar transparência aos serviços de saúde suplementar oferecidos pelas operadoras de plano de saúde. Com o novo dispositivo, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, prestadores de serviço, têm muito a comemorar, segundo assegurou a representante do COFFITO na ANS, Dra. Marlene Izidro. “A partir de agora, se algum atendimento for glosado, ele terá de ser justificado nesse sistema, ou seja, a ANS só precisará acessar a ferramenta, não serão necessárias denúncias”, disse.

De acordo com a decisão da ANS, a adoção do Padrão TISS, da versão 3.02.00, deverá ser realizada até o dia 31 de agosto de 2014. Essa é uma ação do Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (COPISS), que também tem em sua composição representantes do COFFITO.  

 

 

24 de julho de 2014

Planos de saúde coletivos tiveram reajustes de até 73% em um ano

Planos de saúde coletivos tiveram reajustes de até 73% em um ano

 

 

Em um ano, os planos de saúde coletivos tiveram aumentos de até 73%, segundo levantamento do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) a partir de dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O instituto analisou reajustes de 535 operadoras de saúde em planos com até 30 usuários (que somam 88% dos contratos de planos coletivos) de maio de 2013 a abril de 2014.

Em 91%, segundo o Idec, o aumento foi acima da inflação no período, medida em 6,28% pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Os dez maiores reajustes variaram entre 32% e 73% e atingiram 20.673 pessoas. O reajuste médio foi de 11%.

 

Esses planos coletivos reúnem 3,3 milhões de pessoas, 8% do total atendido por planos no país. Formados por pequenos grupos, acabam tendo menor poder de barganha.

A ANS não regula o percentual de aumento dos planos coletivos por meio de um valor teto porque considera que são empresas lidando entre si em igualdade de poderes (operadora e contratante).

"No caso dos contratos de até 30 usuários, isso não se sustenta. O poder de negociação é ínfimo frente às grandes operadoras", afirma Joana Cruz, advogada do Idec.

Os planos coletivos com até 30 usuários têm restrições, como prazos de carência, que não precisam ser seguidas pelos coletivos empresariais.

 

Essas características são parecidas com as de planos individuais, com a diferença que os últimos têm aumentos regulados pela ANS. No período analisado pelo Idec, por exemplo, o teto foi de 9,04%.

"Os planos falsos coletivos são arapucas", diz Mario Scheffer, professor da USP e que pesquisa o tema. Segundo ele, esse tipo tem crescido pela ausência de regulação e pouca oferta dos individuais.

"Esses consumidores estão à mercê das operadoras, enfrentando aumentos abusivos e sem nenhuma garantia de que isso não vá continuar no futuro", afirma Joana Cruz.

 

ANS

Em nota, a ANS diz que a inflação de serviços de saúde cresce em proporção maior que a inflação geral e, por isso, não seria correto associar o reajuste de planos de saúde ao índice de inflação.

"Enquanto o índice de inflação é um índice de preços, o de planos de saúde é um índice de valor [variação da frequência de uso do serviço e dos custos em saúde e da incorporação de tecnologias]."

Segundo a agência, em 2013 entrou em vigor uma resolução que permitiu o agrupamento desses pequenos contratos e uma mudança na forma de reajuste, o que teria protegido 144 mil consumidores. "Eles não tiveram aumento anual acima de 20%, como haviam tido antes."

A ANS diz ainda que investigará situações de divergência e valores de reajustes extremos e, se comprovados, poderá punir operadoras. O consumidor que se sentir lesado pode ligar para o Disque ANS (0800 701 9656). 

Fonte: Folha de São Paulo

 

24 de julho de 2014

“Não sinto calor, mas a libido continua”, conta cadeirante que perdeu os movimentos após acidente

"Não sinto calor, mas a libido continua", conta cadeirante que perdeu os movimentos após acidente

Sem arrependimentos, Pedro Musa revela que tenta levar uma vida sem privações

 

 

"Não deixo de ir a nenhum lugar", diz o cadeirante Pedro MusaReprodução/Facebook

O dia a dia do psicólogo Pedro Musa, 32 anos, é agitado e cheio de compromissos como de qualquer homem de sua idade. Além do trabalho, ele dedica parte do tempo para sair com a namorada, tomar cerveja com os amigos, viajar, curtir um show ou uma balada. O detalhe é que o jovem faz tudo isso “preso” a uma cadeira de rodas. Há 17 anos Musa sofreu um acidente que prejudicou o movimento de seus braços e pernas. Apesar de todas as dificuldades já enfrentadas, ele garante que nenhum obstáculo é grande o suficiente para impedi-lo de viver.

Em entrevista ao R7, o psicólogo revela as principais dificuldades de um cadeirante e como é possível encarar a adversidade e levar uma vida sem privações.

R7 — Como e quando aconteceu o acidente?

Pedro Musa — Foi nas férias de julho de 1998 quando eu tinha 16 anos. Estava na Bahia com meus amigos e resolvi pular no rio. Bati a cabeça em algum lugar, provavelmente no banco de areia, e quebrei o pescoço. Perdi os movimentos na mesma hora e quando abri os olhos estava boiando de cabeça para baixo dentro da água. No início, meus amigos acharam que fosse brincadeira, mas como perceberam que eu não me mexia, foram me resgatar.

R7 — Quando você soube que não recuperaria os movimentos?

Pedro Musa — Passei três meses internado porque tive algumas complicações nas cirurgias. Na primeira delas, tive o esôfago perfurado e por conta disso desenvolvi uma infecção. Ao todo foram quatro operações e, foi neste período ainda no hospital, que recebi a notícia de que não teria mais o movimento dos membros.

R7 — Como foi receber esta notícia aos 16 anos? Gerou alguma revolta?

Pedro Musa — Tentei levar numa boa sem revoltas. Na realidade, os médicos não podiam garantir que eu ficaria totalmente sem os movimentos. Na época eu cursava o 2º colegial e perdi o semestre da escola porque fiquei no hospital e quando saí seria difícil acompanhar. Meu foco foi fazer fisioterapia. Não perdi a esperança de recuperar o movimento, por isso durante dois anos fiz sessões todos os dias da semana. Aos poucos comecei a ter a sensibilidade de volta e dar alguns passos. Apesar de meus movimentos estarem alterados, hoje consigo andar pequenas distâncias com o apoio do andador ou de alguém. Meu caso é chamado de tetraparesia, uma lesão parcial em que há algum tipo de comunicação pela medula, mas de forma incompleta.

R7 — Quais foram suas primeiras dificuldades ao sair do hospital? Lembra-se de algo que te marcou?

Pedro Musa — Acho que tem uma marca que fica até hoje. É mais fácil ficar onde se está acostumado, na famosa zona de conforto. Estava acostumado no hospital depois de três meses, já tinha uma rotina. Ir para casa foi ir em direção ao desconhecido, todas as fantasias de como seria. Mas foi bom, não dá para viver a vida no hospital, assim como quase todas as outras quebras de zona de conforto costumam levar a mais independência e novas possibilidades.

 

Pedro Musa se diverte com amigos na baladaReprodução/Facebook

 

R7 — Quais as adaptações que a sua casa sofreu após o acidente? Elas permanecem ainda hoje?

Pedro Musa — Na época (e atualmente) moro com meus pais em uma casa de dois andares e os quartos ficavam no segundo andar. A primeira atitude foi mudar meu quarto para o térreo e trocar o boxe do banheiro para cortina, assim ficaria mais fácil entrar com a cadeira, além de precisar de ajuda para os hábitos de higiene. Foi necessário alugar uma cama de hospital e eu tinha enfermeiros durante 24 horas, além de precisar que alguém cortasse a comida. Com o tempo, as necessidades foram diminuindo, fui aos poucos me tornando independente, passando a tomar banho sem ajuda, a cortar o alimento, mesmo que com dificuldade. Hoje faço tudo sozinho, mas se a lâmpada do quarto queimar é bem provável que eu precise chamar alguém.

 

R7 — Você enfrentou dificuldades para voltar a estudar?

Pedro Musa — Voltei a estudar no ano seguinte do acidente e o colégio se adaptou um pouco para me receber, como reprogramar para que todas as minhas aulas fossem realizadas no térreo. Fiz três faculdades, sendo a primeira Design Digital, depois cheguei a montar uma pequena produtora com um amigo, mas acabamos desistindo. Fui cursar Matemática, cheguei a buscar cursinho, não possuíam adaptação, a direção até me pediu desculpas e ofereceu aula particular, mas preferi procurar outra instituição. No meio do curso de Matemática tranquei a faculdade e fui trabalhar como programador com alguns amigos da primeira faculdade, mas acabei desistindo para fazer Psicologia. Essa mudança aconteceu porque percebi que não fazia sentido, queria trabalhar com contato humano e não passar o dia na frente do computador.

R7 — Atualmente você namora, mas em algum momento teve medo de iniciar um relacionamento por estar em uma cadeira de rodas?

Pedro Musa — Não. Após o acidente, tive algumas namoradinhas, mas a primeira mais séria foi aos 20 anos e era uma menina da escola. Ficamos um ano juntos e fazíamos tudo o que qualquer outro casal faz, como ir ao cinema, barzinho, show, balada, sexo etc. Também tive minha fase solteiro e “azaração”, como qualquer homem, e agora namoro há um ano e pouco.

R7 — Você teve medo da primeira relação sexual após o acidente?

Pedro Musa — Toda primeira transa tem um grau de ansiedade maior e comigo não foi diferente. Mesmo tento privação dos movimentos, a libido continua e sinto o corpo todo. Apesar de não sentir calor e frio, sinto o toque da pessoa. É claro que fiquei receoso, mas isso passa conforme se cria mais intimidade.

R7 — Você sonha em casar e ter filhos?

Pedro Musa — Tenho vontade sim e acho que deve ser uma experiência única ajudar um ser humano a se desenvolver do começo doando um amor tão grande.

R7 — Como você se locomove em São Paulo?

Pedro Musa — Sempre achei que não precisaria ter carro, mas para ter mais liberdade e independência resolvi tirar minha habilitação de motorista há três anos. O carro é adaptado para a minha necessidade, ou seja, além de ser câmbio automático, o acelerador e o freio são na mão. Não costumo precisar de ajuda para entrar e sair do carro, mas é muito comum as pessoas se oferecerem.

R7 — Você se incomoda com isso?

Pedro Musa — Sempre preferi tentar resolver tudo sozinho, mas com o tempo você aprende que às vezes não é possível. O problema é que nem sempre esta ajuda é benéfica, pode até atrapalhar. Acho que a cadeira de rodas aumenta a solidariedade das pessoas. É claro que tenho receio de chegar a algum lugar e não conseguir “me virar” sozinho, mas não tenho medo.

R7 — Você visitou outros países após o acidente? Sendo um cadeirante quais as principais dificuldades?

Pedro Musa — Já fui para França, Argentina e Estados Unidos. Quando a cidade é plana tudo muda, facilita muito para usar a cadeira de rodas. Como tenho alteração na mão, não consigo subir uma ladeira muito inclinada, o que é um problema. Neste sentido, o carro me libertou muito, morando em São Paulo há inúmeras ladeiras que me impediria de chegar ao ponto de ônibus, por exemplo.

R7 — Você tem algum arrependimento?

Pedro Musa — Sempre tive uma visão de que se não fossem as coisas que vivi não seria quem eu sou. Hoje em dia posso garantir que é preciso encarar a adversidade para ter uma vida normal. Como cadeirante, tomo alguns cuidados, mas não deixo de ir a nenhum lugar. O importante é ficar mais atento ao meu entorno, por mais que às vezes gere ansiedade.

Fonte: R7

 

23 de julho de 2014

Menino que entrou em campo na Copa superou deficiência na AACD

Menino que entrou em campo na Copa superou deficiência na AACD
 
 
O menino Getúlio Felipe da Silva, de 9 anos, ficou conhecido em Porto Alegre após entrar em campo de mãos dados com o goleiro alemão Manuel Neuer no Estádio Beira-Rio no jogo da seleção germânica contra a Argélia pela Copa do Mundo em 30 de julho. O que pouca gente sabe é que nos passos do garoto estava a história de anos de trabalhos realizados dentro da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), na capital gaúcha.
 
Quando nasceu, Getúlio foi diagnosticado com paralisia cerebral. A lesão nos neurônios afeta a postura e os movimentos, os médicos chegaram a dizer aos pais que ele poderia nem chegar a caminhar. “Nós o sentávamos, e ele não tinha equilíbrio nenhum, tinha dificuldade de falar”, recorda o pai do menino, o microempresário Getúlio Santos da Silva. 
O próprio Getúlio lembra da fase. “Não conseguia caminhar sem a parede e sem a cama, eu me apoiava em tudo”. No tempo de trabalho com a AACD, o tempo sem caminhar ficou para trás e agora ele quer ainda mais.
 
Hoje em dia, a maior dificuldade de Getúlio é parar quieto. Ele quer ir ainda mais longe. “Quero dar um pulo enorme. Porque eu vou no gol, e sempre que eles chutam alto, eu não consigo pular”, confessa ele.
Com a terapia que utiliza jogos virtuais, o menino aprendeu a transformar a paixão pelo futebol em movimentos. O esporte foi escolhido sob medida pelos terapeutas para desenvolver o equilíbrio. “Melhora a agilidade, melhora a transferência de peso, o caminhar fica mais alinhado, a gente ganha várias coisas”, explica a terapeuta ocupacional Adriana Darley.
 
A AACD depende quase totalmente de doações para desenvolver seus trabalhos. Em Porto Alegre, o encaminhamento dos pacientes é realizado no Posto do IAPI, que chegam à instituição através da Secretaria Estadual de Saúde. O tratamento desenvolvido na Associação tem enfoque multidisciplinar, partindo da fisioterapia, os médicos e especialistas trabalham também com terapia ocupacional, acompanhamento psicológico, pedagogia e avaliações clínicas. Atualmente, a AACD tem 770 pacientes em tratamento e presta mais de 500 atendimentos por dia. Quase a totalidade dos atendimentos, 96%, é de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Mesmo as órteses, aparelhos que auxiliam a desenvolver o caminhar dos pacientes, são oferecidas sem custos aos pequenos da Associação. Adler Gabriel, de 6 anos, começou a se adaptar ao uso de muletas graças a uma dessas órteses. Ainda com um pouco de dificuldade e auxílio do andador, aos poucos, ele vai aprendendo a caminhar. Com a força de vontade do menino, nada fica difícil. “Força totalmente”, diz o pequeno se apoiando nos braços para seguir.
 
A mãe, Naiara Moutinho, assiste orgulhosa a evolução do filho. “Para as mães é tão comum ver o filho dar o primeiro passo. Para os pais que estão aqui dentro, a gente busca isso com tanta vontade, a gente quer tanto, que queremos filmar, tirar foto, mostrar pra todo mundo. Graças a Deus eu vejo, e que todas possam sentir isso que eu sinto”, diz ansiosa para acompanhar onde Adle pode chegar.
 
As órteses oferecidas aos pacientes da AACD são produzidas dentro do espaço da instituição. A oficina ortopédica chega a fabricar 250 aparelhos por mês. Com necessidade de espaço maior para atender a demanda, a instituição chegou a dar início a um novo prédio para ampliar a oficina. A obra, no entanto, necessita de doações para ser finalizada.
 
Entre todas as ajudas, a da família ainda é a essencial para o sucesso do tratamento dos pequenos guerreiros cheios de força de vontade. “Tem que estimular, ter alegria de fazer as coisas, querer jogar bola, querer ser cantor, qualquer coisa que eles quiserem. Tudo eles podem fazer. O deficiente físico, o amputado, todos eles têm condições de poder realizar tarefas do nosso cotidiano”, afirma o pai de Getúlio.
 
Já veterano em superar dificuldades, o menino, que sonha em ser comentarista de futebol e um goleiro como Neuer, dá a dica: “Não tem que ter pressa. Às vezes até tem a ansiedade, mas tem que manter a calma. E continuar tentando até acertar. Com os erros a gente aprende”, diz com um sorriso no rosto.
Doações à AACD podem ser feitas através do telefone (51) 3382-2228.
 
FONTE: G1
23 de julho de 2014

Itaú Unibanco terá que pagar 20 mil reais a trabalhador que adquiriu doença laboral

Itaú Unibanco terá que pagar 20 mil reais a trabalhador que adquiriu doença laboral
 
Por unanimidade, os desembargadores da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) reafirmaram a validade de laudo pericial elaborado por fisioterapeuta, e mantiveram a condenação do Itaú Unibanco. O parecer fisioterápico, em conjunto com outras provas trazidas ao processo, indicou a relação entre a doença do empregado e as condições de trabalho às quais estava submetido.
 
Condenada, pelo juízo da 2ª Vara do Trabalho de Recife, ao pagamento de 20 mil reais a título de indenização por danos morais, a empresa ré requereu a nulidade da sentença, sob alegação de que a perícia não poderia ser realizada por um fisioterapeuta, mas conduzida por um médico. Defendeu também que a avaliação médica feita pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – que garantiu ao trabalhador o recebimento de auxílio acidentário – não comprovava que a doença possuía causas laborais, admitindo que “o INSS apenas faz a análise clínica do periciando, não se atinando ao local de trabalho do mesmo, já que não procede a uma avaliação in loco das atividades exercidas pelo empregado”.
 
A relatora do acórdão, desembargadora Dione Nunes Furtado da Silva, contudo, considerou que a avaliação apresentada está em pleno acordo com as previsões regulamentares e legais (Resoluções n.ºs 80/1987, 381/2010, e 259/2003 da COFFITO – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, e artigos 765 da Consolidação das Leis do Trabalho, e 125, II, 130, 131 e 145 do Código de Processo Civil).  Pontuou “que o laudo apresentado pela Fisioterapeuta […] – Especialista em Fisioterapia do Trabalho com ênfase na Ergonomia – não se prestou ao diagnóstico de enfermidade, cingindo-se, apenas, à verificação do nexo de causalidade entre a doença do autor (LER/DORT) e as atividades laborais desenvolvidas no reclamado; bem como a sua capacidade funcional”. Destacou, ainda, a existência de outras provas, como exames médicos e o comprovante da concessão do benefício acidentário pelo INSS.
 
A 2ª Turma também manteve a sentença quanto ao acolhimento das horas extras, sob o fundamento de que o funcionário excedia as horas de trabalho semanais previstas para a categoria dos bancários, e não ocupava cargo de confiança que desobrigasse o Itaú Unibanco ao pagamento dessa prestação.  “Apesar de os cargos ocupados pelo autor ostentarem a denominação de Assistente de Gerência e Chefe de Serviços Bancários, as tarefas por ele executadas não passavam de atribuições técnicas, não havendo como enquadrá-lo na exceção do § 2º do art. 224 da CLT, que exige a comprovação do exercício de direção ou chefia”, assinalou a desembargadora Dione Nunes.
 
Além da condenação de ressarcimento por danos morais e das horas extras, ao empregador também foi imputado o pagamento da remuneração decorrente da supressão parcial do intervalo intrajornada (aquele reservado ao repouso e à refeição).
 
23 de julho de 2014

Terapia Ocupacional em pauta no COFFITO

Terapia Ocupacional em pauta no COFFITO

Conselho Federal visita Câmara e Senado para abordar o PL 7.647 e o Simples Nacional

Na sexta-feira, 11, a vice-presidente do COFFITO, Dra. Luziana Maranhão, acompanhada da Comissão de Assuntos Parlamentares (CAP), visitou o gabinete do deputado Assis Melo, relator do Projeto de Lei nº 7.647/2010, na Comissão do Trabalho, a fim de solicitar ajuste proposto pela Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais (ABRATO) a esse Projeto, que regulamenta a profissão de Terapia Ocupacional. Segundo a Dra. Luziana, o objetivo é melhorar o texto antes que ele seja votado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), lembrando que, após essa votação, o PL deverá seguir para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e, posteriormente, ao Senado. “Assim que tivermos uma data para votação, a nossa intenção é comunicar a todos os profissionais para, juntos, lutarmos por esse projeto”, completou.

Após percurso pela Câmara, foi a vez de conversar com senadores para solicitar o enquadramento da Terapia Ocupacional no Anexo III do PLC nº 60/2014, conhecido como Simples Nacional. Na ocasião, entre os argumentados apresentados pelo COFFITO, constava a inexistência do fator “R”, além de que, com uma alíquota inicial de 6%, haveria mais formalização no mercado de trabalho dos terapeutas ocupacionais que atuam em empresas privadas.

 

23 de julho de 2014

Reunião com EBSERH discute expansão da Terapia Ocupacional

Reunião com EBSERH discute expansão da Terapia Ocupacional

COFFITO visita EBSERH para solicitar ampliação de vagas

 

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) foi criada em 2010 pelo Governo Federal para gerir os hospitais universitários do Brasil, buscando suprir a necessidade de ampliação dos recursos humanos e das condições estruturais. No entanto, para algumas profissões, essa expansão não ocorreu de forma satisfatória, devido ao número insuficiente de vagas para atender as demandas. Dessa maneira, no dia 10 de julho, o COFFITO realizou reunião com a EBSERH visando interlocução e sensibilização quanto à carência de ofertas de postos de trabalho da Terapia Ocupacional.

De acordo com a Dra. Luziana Maranhão, vice-presidente do COFFITO, a instituição informou que, entre suas atribuições, está a de realizar levantamentos de necessidade e submetê-los à aprovação do Ministério do Planejamento; contudo, para a vice-presidente, as vagas previstas ficam aquém do número das requeridas. Também foi explicado que uma das prerrogativas do Governo é suprir, preferencialmente, o que está determinado em lei, a exemplo da Resolução-RDC Nº 7 (Anvisa), de 24 de fevereiro de 2010, que torna obrigatória a presença de alguns profissionais, inclusive com definição de número por carga horária, em Unidades de Terapia Intensiva. Porém a Terapia Ocupacional enfrenta uma situação diferenciada, afinal, apesar de estar inserida nessa Resolução, não possui definição de critérios e acaba sofrendo redução no número de vagas. “Quando a EBSERH precisa reduzir vagas para atender às imposições do Ministério, a Terapia Ocupacional acaba sendo uma das prejudicadas”, completou.

Partindo da premissa da necessidade de terapeutas ocupacionais nos hospitais universitários, subsidiada por documentos de fiscalização dos CREFITOs, que atestam essa carência, o COFFITO acordou com a EBSERH o envio de um parecer que comprove a falta de profissionais, em nível nacional, nesses estabelecimentos. “A intenção é oferecer ao Ministério do Planejamento argumento fundamentado e que comprove essa carência”, destacou a Dra. Luziana.

O conteúdo programático das provas do concurso público da EBSERH para Terapia Ocupacional também foi pauta do encontro. Na oportunidade, a vice-presidente questionou a instituição sobre a cobrança de matérias do ciclo básico e não apenas conteúdos específicos da profissão. Como resultado, ficou determinada a substituição desses conteúdos, a fim de que as novas provas tragam objetos próprios da Terapia Ocupacional. Para que isso aconteça, o COFFITO se responsabilizou pelo envio de proposta programática para os concursos públicos da instituição.

 

23 de julho de 2014

Inscrições para o Programa de Voluntários Rio 2016 começam em agosto

Inscrições para o Programa de Voluntários Rio 2016 começam em agosto

O COFFITO, além de auxiliar a Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE) a promover capacitação aos fisioterapeutas do Brasil, também tem como objetivo levar informações aos interessados em participar de um dos maiores eventos esportivos do mundo. Para isso, é preciso que estejam atentos às normas e ao período de inscrições, que deverá ter início no dia 28 de agosto, no site http://www.rio2016.com/comite-organizador/voluntarios.

No endereço eletrônico estão disponibilizadas informações referentes às atribuições necessárias, recomendações e responsabilidades do Comitê Gestor dos Jogos Olímpicos e do profissional interessado em atuar como voluntário. No total serão abertas 700 vagas para a área de Fisioterapia.  Segundo o fisioterapeuta e consultor do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Dr. Felipe Tadiello, o espaço destinado à Fisioterapia é um grande marco e servirá para valorizar e mostrar, nacionalmente e internacionalmente, o trabalho do fisioterapeuta no Brasil. Além disso, segundo ele, vale ressaltar que não faltarão oportunidades de mostrar o dia a dia da profissão e o talento de cada fisioterapeuta.

Para o presidente do COFFITO, Dr. Roberto Mattar Cepeda, é imprescindível disponibilizar ao profissional toda e qualquer oportunidade que possa enaltecer tanto o crescimento da Fisioterapia, quanto a conquista individual de cada fisioterapeuta. “Não podemos esquecer que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016 são uma grande oportunidade aos fisioterapeutas, afinal, nesse período, os profissionais poderão melhorar seu currículo, realizar intercâmbio e mostrar as razões pelas quais o Brasil possui grande destaque na área esportiva”, ressaltou.

Para completar, o presidente lembrou a importância do trabalho que foi desenvolvido durante a Copa do Mundo e a repercussão diária da profissão na mídia.

 

23 de julho de 2014

COFFITO realiza encontro com associações de especialidades para discutir prova de títulos

COFFITO realiza encontro com associações de especialidades para discutir prova de títulos

 

Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais terão nova oportunidade para participar de exame nacional

 

 

O COFFITO promoveu na quinta-feira, 9 de julho, reunião com 13 associações de especialidades conveniadas ao Conselho Federal, a fim de discutir a realização de Prova de Títulos da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional para 2014, em todas as capitais do Brasil. A convalidação de títulos, as datas para o exame, os métodos e técnicas, a prestação de serviços da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional e as parcerias também foram temas abordados pelo grupo. Representaram o Conselho no encontro o presidente do COFFITO, Dr. Roberto Mattar Cepeda, e a conselheira efetiva, Dra. Elineth Braga.

Na ocasião, o presidente do COFFITO lembrou a importância da realização da nova prova de títulos e, seguindo o modelo utilizado na primeira edição, novamente convocou as associações de especialidades para auxílio no desenvolvimento do exame. Mais informações sobre a prova serão publicadas em edital.

 

Código de Ética e padrões mínimos para os serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

Aproveitando a presença de diversas entidades, o encontro tratou de outros temas relacionados à Fisioterapia e Terapia Ocupacional. A pauta contou com uma explanação sobre a melhoria do Código de Ética que, nos últimos anos, recebeu edições para contemplar, de forma mais eficaz, as atribuições do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.

Na reunião, o presidente do COFFITO propôs aos presentes um estudo para a criação de padrões mínimos de carga horária e conteúdo no que tange à formação e capacitação em métodos e técnicas científicas utilizadas por cada especialidade. Com isso, o Conselho busca oferecer ao profissional um parâmetro, ou seja, emitir um parecer com recomendações a cada especialidade, fazendo que, em posse desse material, seja realizada uma mudança no ensino. “Pretendemos, por meio dessas medidas, melhorar a formação nas especialidades e áreas de atuação”, enfatizou o Dr. Roberto Cepeda.

Para ele, vale ressaltar, também, que esta ação ajudará a evidenciar no mercado cursos que estão de acordo com os parâmetros e requisitos indispensáveis a uma boa formação, bem como listar aqueles que não cumprem as normas. “Esse estudo e a criação dessa recomendação pelo COFFITO servirá para a proteção do nosso profissional e da sociedade”, completou o presidente.

Outro item que será avaliado pelo grupo são os critérios mínimos para a prestação de serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.  A partir desse estudo, a intenção é fornecer mais especificações quanto à fiscalização profissional em determinadas áreas e especialidades. Para isso, o grupo terá como base as diretrizes estabelecidas pela Anvisa, a legislação e os requisitos de cada especialidade.  

 

Confira a lista dos participantes da reunião:

ABFO – Dra. Patrícia Guedes Figueira

ABRADIMENE – Dra. Sakae Yokota

ABRAFIDEF – Dra. Bernadete Pita

ABRAFIN – Dra. Solange Canavarro Ferreira

ABRAFIT – Dr. Arquimedes Augusto Penha

ABRATO – Dra. Clori Araújo Pinheiro

AFA Brasil – Dr. Ney Peixoto Smith

AFB – Dra. Denise Flávio de C.B. Lima

ASSOBRAFIR – Dr. Jocimar A. Martins

ATHOSP – Dra. Marysia M. R. Prado de Carlo

SBFC – Dr. Woldir Wosiacki Filho

SOBRAFISA – Dr. João Eduardo de Araújo

SONAFE – Dr. Alexandre H. Nowotny

 

23 de julho de 2014

Coordenadores do FCFAS reúnem-se na sede do COFFITO para discussão de pauta

Coordenadores do FCFAS reúnem-se na sede do COFFITO para discussão de pauta

 

Os coordenadores do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS), Dr. Cássio Fernando Oliveira da Silva, diretor-secretário do COFFITO, e Dr. Edgar Garcez Júnior, diretor-tesoureiro do Conselho Federal de Biomedicina, realizaram reunião na quinta-feira, 10, na sede do COFFITO, para tratar sobre a pauta do próximo encontro do FCFAS, confirmado para o dia 17 de julho.

Entre os destaques, haverá discussão de uma matriz curricular para as profissões relacionadas à Portaria nº 734 de 2014, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre o livre trânsito dos profissionais da área da saúde no território do Mercosul.

Ainda, a fim de estreitar a comunicação com esses profissionais, o Fórum optou pela criação de uma página na rede social Facebook, onde serão disponibilizadas informações referentes às ações do FCFAS. Acesse a página, assine-a e fique atento às novidades. 

Clique aqui para acessar a página do FCFAS.