23 de junho de 2008

José Saramago compara leitura de Borges a ´fisioterapia´

Jorge Luis Borges em uma de suas imagens mais conhecidas

José Saramago declarou, em evento na noite de sexta-feira, que o escritor argentino Jorge Luis Borges é “um gênio” e “um fisioterapeuta”, na medida em que ler sua obra põe em funcionamento tudo o que existe no corpo humano, “o que dá boa saúde”.

O Nobel de Literatura intervinha durante a sessão “E se falássemos de Borges?”, que aconteceu na Biblioteca Nacional de Portugal, com a presença da viúva do escritor argentino, María Kodama, e de Carlos da Veiga Ferreira, editor da Teorema, que tem publicado quase toda a obra de Borges no país ibérico.

Saramago, cujo conto favorito de Borges é Pierre Menard, autor do Quixote, abriu a sessão lendo o poema Elegia, uma “quase autobiografia que o escritor argentino escreveu em Bogotá, Colômbia, em 1963”, dando depois início a um diálogo em castelhano com María Kodama.

De acordo com a viúva de Borges, “foi a tradução dos contos que deu projeção internacional a Jorge Luis, mas ele sempre se sentiu poeta e sua prosa é poética”.

– Ele queria vir a ser recordado como poeta e tinha sempre a preocupação de nunca chegar a escrever ‘o poema’ – revelou María Kodama.

“Ele começou a escrever contos após um acidente em que receou ter perdido o talento para a poesia” e só voltou a trabalhar com ela também por questão de saúde. Com a perda da visão, Borges voltou aos poemas, “já que o fato de serem menores facilitava a memorização até serem passados para o papel”, contou María Kodama.

Paixão precoce

Recordando o marido como “uma pessoa encantadora, divertidíssima e muito delicada no trato com os outros”, a viúva de Jorge Luis Borges contou ao público que tinha 5 anos quando conheceu seu trabalho, apresentado por uma professora de inglês.

– Os psicólogos dizem que, aos 5 anos, podemos nos apaixonar pela primeira vez, por isso acredito que me enamorei de Borges na altura em que li aqueles poemas sobre sedução – revelou.

Em resposta a perguntas de José Saramago, María Kodama falou sobre a relação de Borges com a política – terreno onde foi chamado “de traidor e de vidente” -, com a violência e com os dois países que mais o marcaram: a Argentina, onde nasceu, e a Suíça, onde morreu e permanece sepultado.

– Ele tinha uma relação ambivalente com a Argentina pois, embora gostasse do país, via nele defeitos que o faziam sofrer, ao passo que admirava nos suíços a capacidade de trabalharem juntos para um fim comum, não obstante falassem idiomas distintos e tivessem diferentes religiões – afirmou María Kodama.

– No fundo, ele acreditava que aquela sociedade era um exemplo do que podia ser o mundo se todas as pessoas fossem tolerantes e convivessem pacificamente com quem é diferente – acrescentou a viúva.

Novamente interpelada por Saramago, que expressou perplexidade por um homem “tímido e pacífico como Borges ter escrito alguns contos de extrema violência”, a viúva explicou que a família do escritor “foi perseguida pelo ditador [Juan Manuel de] Rosas”.

– De pequeno, Jorge ouviu muitos relatos violentos sobre essas perseguições e, mais tarde, viu matarem um homem no Uruguai. Foram episódios que o marcaram vivamente e que ele exorcizou através da escrita – revelou.

Elogios

José Saramago considerou Borges “um gênio” e defendeu que vale sempre a pena redescobrir “todo o universo que Borges criou e ao fundo do qual nunca será possível chegar, porque Borges não tem fundo”.

Saramago também não quis despedir-se sem elogiar María Kodama, “para quem o calvário começou com a morte de Borges e que tem mostrado uma enorme valentia e um espírito de missão na defesa de sua obra, suportando calúnias e rejeitando subornos morais e materiais”.

Na sessão de sexta, estiveram presentes a vice-ministra portuguesa da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, o embaixador da Argentina em Portugal, Jorge Faurie, e o escritor Rui Zink, entre outras figuras públicas.

A iniciativa foi organizada pela Fundação José Saramago em colaboração com a Biblioteca Nacional e com o apoio da editora Teorema, e será seguida por debates sobre outros escritores.

Fonte: Correio do Brasil (com Ag. Lusa)

23 de junho de 2008

Ministério da Saúde lançará editais para contratar 1.500 servidores

O Ministério da Saúde pretende lançar, no mês de julho, dois editais para selecionar 1.500 profissionais, dos quais 1.000 serão para cargos efetivos. As duas seleções têm o objetivo de repor as baixas no quadro de pessoal por conta de aposentadorias, além de contribuir para a substituição dos terceirizados. Esta é a primeira vez que o Ministério da Saúde faz concurso público para cargos efetivos em 25 anos.

A seleção dos 500 postos temporários foi autorizada em maio, através da Portaria nº 125, que já previa três faixas salariais: R$ 3.800,00; R$ 6.100,00; e R$ 8.300,00. A escolha dos funcionários será feita obrigatoriamente por aplicação de provas e análise de títulos, com duração de três a cinco anos.

O número de vagas a serem abertas e a lotação dos funcionários ainda não foram definidos, mas já foi sinalizada a criação de vagas para Administração de Empresas, Contabilidade, Arquivologia, Biblioteconomia, Direito e áreas da Saúde.

Já a seleção de efetivos tem teto de contratação de 1.000 servidores, mas o número exato de vagas só será conhecido no fim do mês. Todos os postos serão para cargos de nível médio, com salário inicial de R$ 1.910. A expectativa do ministério é que esses profissionais comecem 2009 trabalhando.
 

Fonte: Correioweb

22 de junho de 2008

Violência agrava condição de saúde da população, avalia ministério

São Paulo – A violência é atualmente um dos principais fatores que levam ao agravamento das condições de saúde da população brasileira. A conclusão é do coordenador de saúde mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, mediador de uma das mesas de debate do 1º Simpósio Internacional sobre Violência e Saúde Mental, evento que terminou hoje (22), na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“A violência é um problema extremamente grave, epidêmico. É um dos problemas sociais mais graves que o Brasil está vivendo nos últimos trinta anos e que se agravou nos últimos dez anos”, disse Delgado, nesta entrevista à Agência Brasil.

O simpósio debateu, entre os representantes do poder público, da comunidade científica e da sociedade, com o objetivo de contribuir para o enfrentamento das conseqüências da violência no país. Para o coordenador do Ministério da Saúde, o eventofoi importante por “abordar a violência do ponto de vista da saúde mental e se abrir para uma discussão multidisciplinar”.

 

Agência Brasil – Qual o impacto da violência na saúde da população brasileira?
Pedro Gabriel Delgado – A violência no Brasil é responsável pela primeira causa de morte na população entre 15 e 24 anos porque as causas externas, que envolvem acidentes, homicídios e suicídios, estão entre a primeira causa de morte. Além disso, ela tem um impacto também muito significativo entre todos os adultos, de 18 a 49 anos. As causas externas, isto é, o impacto da violência, são também a primeira causa global de mortalidade [número de mortes ao longo do ano] e de morbidade [número de eventos como fraturas, contusões, limitações físicas], que impactam de maneira muito grave a saúde da população. Do ponto de vista epidemiológico, a violência é, hoje, um dos principais fatores de agravamento das condições de saúde da população.

 

ABr – E o governo está preocupado com isso? O que o governo tem feito?
Delgado – O Ministério da Saúde tem uma política nacional para prevenção da violência e para redução dos acidentes de violência. Por exemplo, em relação a homicídios, tem o Programa Nacional de Segurança com Cidadania [Pronasci], com participação do Ministério da Saúde por meio da Saúde Mental e do Programa de Saúde da Família. Temos observado que a presença do Programa de Saúde da Família em comunidades mais tomadas pelos piores indicadores de violência – por exemplo, de homicídios por 100 mil habitantes – tem diminuído as taxas de violência. Em relação à questão de acidentes de trânsito, metade deles são causados pela associação entre beber e dirigir.
 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou esta semana uma nova legislação que modifica o Código de Trânsito, agravando as penas do motorista que dirige sob o efeito do álcool e também proibindo a venda de bebidas em estabelecimentos ao lado de rodovias para tentar diminuir o impacto nesse aspecto. O terceiro aspecto é com relação a suicídios. O Brasil está implantando uma estratégia de prevenção secundária de suicídio. Isso significa que todas as tentativas de suicídio passarão a ser monitoradas no sentido de evitar a consumação dos atos suicidas dentro de uma metodologia que é prescrita pela Organização Mundial de Saúde. Tudo isso é um esforço para tentar enfrentar um problema que é de uma dimensão muito grande. Não quer dizer que estamos resolvendo, mas quer dizer que estamos tentando enfrentar essa  epidemia.

ABr – Qual é o tipo de violência que mais aflige a população, de uma maneira geral? Há um tipo de violência que é mais comum?
Delgado – Os acidentes de violência, principalmente os acidentes de trânsito, de uma maneira geral, são os mais prevalentes. Para a população mais jovem são os homicídios e as agressões. Para a população em geral, infelizmente, o Brasil tem índices de acidentes de trânsito com vítimas, sejam feridos ou mortos, muito elevados e isso traz uma grande preocupação para a saúde pública.

ABr – Esses problemas resultantes da violência estão crescendo?
Delgado – Os acidentes de trânsito estão crescendo. Mas os homicídios de uma forma geral, pegando só o indicador, tem diminuído nas regiões metropolitanas mais afetadas como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Vitória e o entorno do Distrito Federal. Ele tem diminuído, mas de uma maneira muito discreta. E o número ainda tem diminuído como taxa, não como número absoluto. Mas ainda é um número alarmante. Outros aspectos de violência como, por exemplo, a violência contra crianças e contra mulheres não têm diminuído. Permanecem ainda sendo muito freqüentes nessas regiões metropolitanas.

ABr – Existe um perfil comum para as vítimas de violência?
Delgado – O importante é que a vítima de violência e seus familiares possam ser atendidos do ponto de vista do seu quadro psicológico porque ele fica tomado por uma situação psicológica chamada síndrome do estresse pós-traumático, que precisa de atendimento e de ser acolhido para que a pessoa que já se vitimou, ou sofreu um assalto, ou sofreu uma agressão, possa se recuperar daquele dano. O importante é que a saúde pública garanta o acesso das pessoas a esse tratamento por meio da rede de serviços, dos centros de saúde mental – que são os Centros de Saúde Psicossocial – porque o número de pessoas afetadas é muito grande.

ABr – É possível estimar um número de pessoas afetadas pela violência?
Delgado – Se pensarmos em acidentes de trânsito, são 35 mil pessoas mortas ao ano. Suas famílias ficam afetadas e precisam ser atendidas. Em relação à questão dos homicídios, o Brasil tem uma taxa de mais de 24 homicídios por 100 mil habitantes ao ano, que é uma taxa de país em guerra. Além da pessoa que é vitimada, também sua família precisa de tratamento. Os números são muito elevados, se contam em centenas de milhares por pessoas. 

ABr – Existe então um tratamento para essa vítima de violência?
Delgado – Existe um tratamento psiquiátrico e psicológico. E esse tratamento é que tem que ser assegurado na rede pública de saúde para a população ter acesso.

ABr – É possível uma pessoa conseguir se recuperar do trauma da violência?
Delgado – O trauma existe e fica como um fato psicológico pelo qual a pessoa passou, mas suas conseqüências podem ser diminuídas por meio do tratamento adequado. Uma pessoa que passa por uma forma de violência muito grave nunca deixará de ter aquela lembrança como lembrança traumática. Mas o tratamento ajuda a pessoa a conviver com essa lembrança e a fazer uma reabilitação para voltar à sua vida normalmente.

ABr – O senhor mediou um debate sobre o custo social e econômico da violência. Como seria isso, como fazer o cálculo?
Delgado – Se tomarmos custos diretos e indiretos, há estudos recentes no Brasil que mostram que, em alguns estados, como o Rio de Janeiro, o custo total da violência chega a 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas se considerarmos todos os danos que são causados – a perda de recursos, perda de vidas humanas, seguros – esses custos são muito grandes. Se pensarmos, por exemplo, no custo de acidentes de trânsito, que é uma forma muito comum de violência, o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA] de 2005 estimou em R$ 20 bilhões ao ano o custo financeiro dos acidentes de trânsito, em geral, para a economia brasileira. Um custo elevadíssimo. Não existe um estudo de âmbito nacional que quantifique o custo da violência. Mas existem estudos em andamento e, em um ano, talvez teremos um estudo multicêntrico que mostrará o custo da violência no Brasil como um todo.

ABr – E o custo social?
Delgado – Se considerarmos o alcance da violência na vida das pessoas, ela acaba impactando em todas as áreas de saúde, educação, segurança pública, bem-estar social, previdência social. Ela pode ser medida a partir de toda a implicação que as políticas públicas acabam tendo com isso. O fato é que o custo social se mede também não só por números. Por exemplo, no caso da educação. A dificuldade no acesso à educação em regiões muito violentas é um dos custos maiores. Diminui o acesso do aluno à escola, o professor também não vai à escola, os índices de qualidade da escolaridade caem assustadoramente, e tudo isso é custo social da violência. É incalculável o prejuízo social que esse fenômeno tem trazido para o Brasil e para a sociedade.

ABr – Quais seriam as causas da violência no Brasil?
Delgado – É um fenômeno muito complexo. São várias causas, mas a exclusão social e a falta de uma política de segurança pública consistente nos últimos 30 anos são causas que têm sido aventadas. O fenômeno do crescimento das cidades e o crescimento anárquico das cidades levam à queda  na qualidade de vida e acabam afetando também esse fenômeno da violência.

ABr – Há uma saída para o problema? O que podemos fazer para combater a violência?
Delgado – A saída é talvez intensificar as políticas públicas: educação, segurança pública, saúde. A experiência tem demonstrado que onde existem essas políticas bem desenvolvidas, os indicadores são favoráveis. Mas a saída tem de ser mais global também, de rever algum modelo de desenvolvimento, aumentar emprego, aumentar a inclusão social das pessoas e melhorar também a competência da política de segurança pública.

Fonte: Agência Brasil

20 de junho de 2008

Temporão: qualidade na saúde é resultado da qualificação dos profissionais

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, participou nesta sexta-feira (20), do lançamento da Política Estadual de Qualificação dos Profissionais de Saúde no Espírito Santo, no Centro de Convenções, em Vitória. O projeto faz parte da Política Nacional de Educação Permanente do Ministério e tem o objetivo de capacitar trabalhadores da área de saúde, integrando todas as ações educativas do Sistema Único de Saúde, melhorando, assim, o atendimento à população.

A Educação Permanente compõe o Pacto pela Saúde e tem como foco a construção de Planos Regionais a partir de discussões e identificações das demandas dos estados referentes à atenção à saúde e à organização do trabalho. No projeto lançado no Espírito Santo, o processo de qualificação pretende alcançar, gradativamente, todos os níveis técnicos e gerenciais da rede de serviços, totalizando a qualificação de 5,5 mil profissionais até 2011.

"O Espírito Santo dá um exemplo com a qualificação de especialistas e gestores. Saúde de qualidade é o atendimento motivado dos trabalhadores", afirmou o ministro, elogiando a iniciativa do governo do estado.      

Bebida alcoólica – Temporão também destacou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao sancionar a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais, contribuiu para o combate à epidemia de morte nas estradas. Dirigir após a ingestão de qualquer quantidade de álcool passa a ser uma infração grave e se o condutor que beber e se envolver em acidente com morte, responderá por homicídio doloso. "É uma medida de grande impacto para enfrentarmos a epidemia de morte, que é a violência no trânsito", disse.

Durante o evento, foi lançada a Coleção Uma Nova Saúde – Diretrizes Clínicas, publicação com oito volumes, que será utilizada como subsídio conceitual e técnico no processo de implantação das redes assistenciais da política.

A solenidade teve a presença do vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, do secretário estadual, Anselmo Tozi, da deputada federal, Rita Camata (PMDB-ES) e do prefeito de Vitória, João Coser.

Fonte: Ministério da Saúde

19 de junho de 2008

Capes e CNPq reajustam bolsas de pós-graduação em até 29%

As bolsas de mestrado e doutorado, concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, serão pagas com reajustes de até 29% a partir do mês que vem.

Comunicados divulgados pelos dois órgãos informam que, em julho, as bolsas de mestrado sobem de R$ 940 para R$ 1,2 mil. Já as de doutorado passam de R$ 1.394 para R$ 1,8 mil.

Segundo a Capes, cerca de 15,5 mil mestrandos e outros 10,4 mil doutorandos recebem bolsas da instituição. O CNPq paga cerca de 8,7 mil bolsas de mestrado e outras 7,8 mil, de doutorado.

O aumento do auxílio pago a pesquisadores havia sido anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro, em seu programa semanal Café com Presidente. Na ocasião, Lula afirmou que o reajuste seria aplicado em março.


Fonte: Agência Brasil

19 de junho de 2008

Dr. Roberto Mattar Cepeda é o novo presidente do Coffito

Com o Plenário lotado, tomou posse hoje (18) o novo presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito e o respectivo colegiado. A solenidade foi realizada na sede do Conselho, em Brasília, quando o Dr. Euclides Poubel entregou o cargo de presidente ao Dr. Roberto Mattar Cepeda, que presidia o Crefito 8.

Em seu discurso de posse, o novo presidente do Coffito, Dr. Roberto Cepeda, destacou ter a clareza de que "ninguém conquista uma vitória de forma individual" e fez questão de ressaltar a importância do trabalho em equipe, lembrando que "essa é uma das diretrizes da nova diretoria".
 
A nova diretoria do Coffito foi escolhida por um processo eleitoral realizado nesta terça-feira (17) em Brasília, onde votaram delegados dos 12 Conselhos Regionais.
 
Conselheiros da Gestão 2008/2012:
 
Diretoria
 
Roberto Mattar Cepeda
Presidente
 
Mário César Guimarães Battisti
Vice-presidente
 
Elineth da Conceição Braga
Diretora-secretária
 
Ricardo Mascarenhas Duarte
Diretor-tesoureiro
 
Membros Efetivos
Roberto Mattar Cepeda
Rita de Cássia Garcia Vereza
Eduardo Olívio Ravagni Nicolini
Ricardo Mascarenhas Duarte
Perla Cristiane Teles
Elineth da Conceição Braga
Mário César Guimarães Battisti
Carlene Soares Borges
Rita de Cássia Barcellos Bittencourt
 
Membros Suplentes
Wilson César de Vasconcelos Leitão
Adamar Nunes Coelho Júnior
Wilen Heil E Silva –
Glademir Schwingel
Reginaldo Antolin Bonatti
Abdo Augusto Zeghbi
Iremar Cappelini Massano
Renata Cristina Rocha da Silva
Dagoberto Miranda Barbosa
 
19 de junho de 2008

Comissão de Trabalho da Câmara aprova Fundação Estatal

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, comemorou a aprovação do projeto que cria a Fundação Estatal, nesta quarta-feira (18), pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. “É o primeiro passo para que o Estado crie mecanismos que garantam mais eficiência na mudança do padrão gerencial dos hospitais brasileiros”, disse. O substitutivo ao Projeto de Lei Complementar nº 92, aprovado na manhã de hoje, cria a fundação pública com personalidade jurídica de direito privado, a Fundação Estatal. O projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça.

Para Temporão, a aprovação é também “a primeira resposta do governo federal e do Congresso Nacional ao relatório do Banco Mundial que reprovou os hospitais brasileiros”. Divulgado na semana passada, o estudo “Desempenho hospitalar brasileiro” afirma que, no Brasil, o setor de saúde é ineficiente e defende que o modelo seja totalmente reformado.

De acordo com o ministro, a finalidade da criação da Fundação Estatal é justamente conferir maior eficiência à gestão dos hospitais brasileiros. Dessa maneira, as fundações firmarão contrato com o poder público, onde serão estabelecidas metas a serem cumpridas. Além disso, tais entidades serão submetidas a avaliações sistemáticas sobre a atuação. O contrato de prestação de serviços com o poder público especificará o preço a ser pago pelo serviço.

O substitutivo estabelece também que os relatórios financeiros e de execução desses contratos deverão ser publicados, inclusive na internet, até 30 dias após o encerramento do exercício financeiro. As fundações estatais terão patrimônio e receitas próprios. As receitas virão de dotações orçamentárias, de doações, da própria atuação e de contrapartidas do Estado.
 
Concurso público – A fundação estará sujeita à legislação federal sobre licitações e contratos administrativos, e a admissão de pessoal permanente será precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos. O substitutivo aprovado determina, também, que a demissão de integrantes do quadro ocorrerá nas hipóteses de: falta grave; acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa; e por insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem, pelo menos, um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo.

O substitutivo aprovado também assegura que a fundação estatal que atuar no Sistema Único de Saúde estará obrigada a observar seus princípios e diretrizes, em especial a regionalização, hierarquização, descentralização, comando único em cada esfera de governo e participação da comunidade. Além disso, estará proibida de vender serviços de acesso universal para a iniciativa privada ou fazer qualquer tipo de cobrança direta ou indireta de usuários.

Fonte: Ministério da Saúde

18 de junho de 2008

Nova diretoria toma posse

Na tarde desta quarta-feira (18) tomou posse a nova diretoria do Coffito, eleita por um processo eleitoral concluído nesta terça-feira (17) em Brasília, onde votaram delegados dos 12 Conselhos Regionais.

Em breve, acompanhe a cobertura completa na Agência Coffito.

 

18 de junho de 2008

Governo recua e Senado deve votar imposto para saúde somente após eleições

O governo decidiu esperar as eleições para retomar, no Senado, a discussão sobre a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), tributo que substituirá a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta no final do ano passado. A decisão foi tomada na reunião de líderes desta quarta-feira (18).

De acordo com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o governo tem interesse em discutir mais a matéria e por isso optou pelo adiamento.

A proximidade com as eleições foi o fator preponderante para o governo recuar. A defesa da criação do novo imposto iria ao mesmo tempo minar a imagem do governo e inflar os ânimos da oposição, por isso Jucá admitiu que o contexto pré-eleitoral influenciou na decisão.

“Não queremos atrelar isso com eleição municipal. Pelo contrário, queremos é desatrelar da eleição municipal. Temos que ter a responsabilidade e o equilíbrio de discutir essa matéria, que diz respeito a milhões de brasileiros, com muita tranqüilidade, e construir uma solução que dê mais recursos para a saúde”, argumentou.

Ao contrário do que ocorreu na Câmara, a oposição e o governo trocaram de lado na defesa da votação do projeto de lei que cria a CSS.

Na Câmara, a oposição optou por evitar, ou atrasar, ao máximo, a votação. Apelou para manobras regimentais, obstruiu as sessões, mas não conseguiu evitar a aprovação da proposta. Já no Senado, com a perspectiva de vencer o governo e derrubar a proposta, a oposição queria fazer um esforço para votar a proposta ainda nesta semana.

Na reunião de líderes, o governo conseguiu anular a ação da oposição. O líder do governo, ironicamente, comentou: “A oposição está com muita vontade de votar rapidamente aumento de imposto. Nós não estamos. Nós queremos discutir com tranqüilidade”.

De acordo com o senador governista, o governo deverá ainda ponderar sobre a viabilidade da criação do imposto.

“Temos que verificar, inclusive, se é compatível essa proposta de aumento com a reforma tributária; ouvir o ministro da Saúde, e com tranqüilidade, votar no momento oportuno. Nós não temos pressa nem de aprovar nem de rejeitar. Nós queremos fazer tudo com tranqüilidade”, disse o líder.

A ironia foi retribuída pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

“Se a bancada governista tem tanto interesse nos recursos que essa contribuição propiciará à saúde, por que adiar a decisão do Senado para depois das eleições municipais?”, questionou.

“Estou de queixo caído. O governo falou o tempo inteiro que precisava de fonte nova de financiamento para a saúde. E nós sempre dizemos que não precisava. E agora o governo nos diz que não quer votar essa tal CSS antes das eleições. O que é que tem eleição a ver com a saúde? Literalmente, nada”, declarou.

O senador José Agripino (RN), líder do DEM no Senado disse que o partido apoiará a proposta já defendida pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves, de aumentar a taxação de cigarros, bebidas e automóveis de luxo e destinar os recursos para a saúde.

Nas próximas sessões, o Senado irá se dedicar à votação de três medidas provisórias que trancam a pauta e a indicação de três embaixadores.

Fonte: Agência Brasil

18 de junho de 2008

Unasus deve especializar mais de 50 mil profissionais até 2011

Brasília – Especializar mais de 50 mil profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF) e qualificar cerca de 100 mil gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) até 2011. Essas são as principais metas da Universidade Aberta do SUS (Unasus), cuja proposta foi lançada hoje (18), pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Educação (MEC) e com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Por meio de parcerias com universidades, faculdades, associações médicas e secretarias de saúde, o governo quer oferecer cursos a distância, “não só através da internet, mas também por outros meios”, explicou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Com os cursos, os profissionais vão receber o título de especialista em saúde da família. “Isso é importante não só porque eu qualifico e permito que esse profissional atenda de maneira mais adequada a população, mas eu ganho esse profissional, à medida em que eu qualifico, para o projeto [PSF], eu dou um retorno ao esforço dele de trabalhar em lugares remotos, com populações pobres”, afirmou Temporão.

E completou: “o que nós queremos é que esse profissional perceba no Saúde da Família uma carreira para a sua vida, daí a importância de nós, até no sentido de reter esse profissional, oferecermos conteúdos curriculares, cursos de especialização, atualização”.

Além da saúde da família, outros focos são a capacitação dos gestores do SUS e a especialização voltada para a saúde do idoso. “A população brasileira envelhece rapidamente, e nós precisamos ter profissionais qualificados a atender as necessidades específicas dessa parte da população”, disse o ministro.

A idéia de oferecer cursos de especialização a distância já não é novidade na área de saúde da família. Algumas instituições, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já têm programas que utilizam esse método para levar capacitação às equipes do PSF nos estados. No entanto, Temporão destaca que essas iniciativas ainda tem um curto alcance.

“A idéia da Unasus é escala, quando eu falo em especializar 50 mil profissionais do PSF, 100 mil gestores, a escala é o que muda”, afirmou.

Ele explicou ainda que a iniciativa deve resgatar as experiências que funcionam isoladas e juntá-las em um programa nacional.

Agência Brasil