28 de outubro de 2008

Saúde gasta R$ 39 milhões com remédios para osteoporose

Doença associada à carência de cálcio nos ossos e que acarreta uma redução da massa óssea, a osteoporose pode ser gerada por vários fatores, como desequilíbrio alimentar, excesso de álcool, cafeína, tabagismo e a ausência de atividade física. Combatê-la é o principal objetivo do Dia Mundial da Osteoporose, celebrado em 20 de outubro.

A cada ano, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2007, foram investidos mais de R$ 37 milhões em medicamentos para tratamento da osteoporose. Atualmente, são oferecidos sete medicamentos conhecidos como reguladores da homeostase do cálcio, e a projeção de gastos até dezembro de 2008 está em torno de R$ 39 milhões.

A homeostase do cálcio, na verdade, é a tentativa do organismo de equilibrar a presença do mineral, que é depositado ou retirado do esqueleto, de forma que os níveis sangüíneos sejam mantidos dentro de uma faixa estreita, essencial para a condução nervosa, coagulação sangüínea, contração muscular e outros processos fisiológicos vitais. A osteoporose ocorre quando a quantidade de tecido ósseo é tão baixa que os ossos são facilmente fraturados.

COMBATE – De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a doença atinge mais de 10 milhões de brasileiros. Grande parte desse público é formada por idosos – que atualmente já somam mais de 17,6 milhões em todo o país. Cerca de 30% das pessoas idosas sofrem quedas a cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos.

No Guia Prático do Cuidador, lançado em junho deste ano pelo Ministério da Saúde, há diversas dicas de adaptações ambientais que podem ser realizadas para evitar acidentes. De acordo com levantamento, as capitais Rio de Janeiro e São Paulo são as que mais tiveram internações de idosos por fratura de fêmur em 2006. Em São Paulo, foram 2.388 e, no Rio de Janeiro, 1.178. A terceira cidade é Porto Alegre com 479.

ADAPTAÇÕES – Muitas vezes, é preciso fazer algumas adaptações no ambiente da casa para evitar quedas, facilitar o trabalho do cuidador do idoso e permitir que a pessoa possa se tornar mais independente. O lugar onde a pessoa mais fica deve ter somente os móveis necessários. É importante manter alguns objetos que a pessoa mais goste de modo a não descaracterizar totalmente o ambiente. Cuide para que os objetos e móveis não atrapalhem os locais de circulação e nem provoquem acidentes.

As cadeiras, camas, poltronas e vasos sanitários mais altos do que os comuns facilitam a pessoa cuidada a sentar, deitar e levantar. O cuidador ou outro membro da família podem fazer essas adaptações. Em lojas especializadas existem levantadores de camas, cadeiras, vasos sanitários e vários tipos de objetos adaptados que evitam os acidentes domésticos mais comuns.

EM CASO DE QUEDA – Se mesmo com todos os cuidados, a pessoa caiu e se acidentou, após a queda é importante que a equipe de saúde avalie a pessoa e identifique a causa, buscando no ambiente os fatores que contribuíram para o acidente. Assim, podem ajudar a família a adotar medidas de prevenção e a tornar o ambiente mais seguro. Ao atender a pessoa que caiu, observe se existe alguma deformidade, dor intensa ou incapacidade de movimentação que sugere fratura. No caso de suspeita de fratura, caso haja deformidade, não tente “colocar no lugar”. Procure não movimentar a pessoa e chame o serviço de emergência o mais rápido possível.

Fonte: Ministério da Saúde