Câncer de Pele: é mais comum do que você imagina
Banho de sol é fonte de vitamina D e faz bem para a saúde, mas nada de exageros, viu, porque o excesso é a principal causa do câncer de pele. Vamos aproveitar que estamos no Dezembro Laranja, uma campanha criada para combater esse tipo de tumor, que é o mais comum no Brasil e o no mundo, para entender mais sobre o assunto.
Vamos começar aprendendo como evitar. O Ministério da Saúde tem algumas dicas, que devem ser seguidas inclusive em dias nublados. A primeira delas é bem conhecida: não se expor ao sol nos horários mais perigosos, entre as 10h e as 16h. Usar protetor solar, roupas e óculos que protegem contra a radiação ultravioleta do sol, além de chapéus de abas largas e guarda-sol também ajuda. Andar na sombra nesses horários não elimina a radiação, mas diminui.
O câncer ocorre quando células doentes se multiplicam sem controle, dando origem a tumores. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas são manchas que coçam, descamam ou sangram, sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor, e feridas que não cicatrizam em quatro semanas. É mais comum em partes do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Ah, atenção às tatuagens, porque elas podem esconder lesões.
Há dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. O melanoma atinge as células produtoras da melanina, a substância que determina a cor da pele. Ele é mais grave do que o não melanoma, por ter mais possibilidade de provocar a metástase, que é quando o câncer se espalha para outros órgãos.
O câncer não melanoma é o mais comum no Brasil, responsável por 30% de todos os casos. É um tumor que tem alto índice de cura quando o tratamento é precoce, mas pode deixar mutilações no corpo se não for tratado adequadamente. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, entre 2023 e 2025, haverá 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil, e 9 mil novos casos de melanoma.
Então, atenção a esta orientação do Ministério da Saúde: “Deve-se suspeitar de qualquer mudança persistente na pele. Ao identificar lesões suspeitas, um especialista deve ser procurado para confirmação do diagnóstico e tratamento. Quanto mais precoce for sua identificação, melhores serão os resultados do tratamento.”
E como é o tratamento? O mais indicado é uma cirurgia para a retirada do tumor. Nos estágios iniciais, não é necessário nem mesmo ficar internado. Nos casos mais avançados de câncer melanoma, podem ser necessárias a radioterapia e a quimioterapia. Outro tratamento possível é a terapia fotodinâmica, com a aplicação de uma substância ou medicamento com uma coloração específica e de uma fonte de luz. Mesmo no caso de metástase, há alguns novos medicamentos que ajudam a postergar a evolução da doença.
Tem algumas pessoas com mais chances de ter câncer de pele do que outras. Fatores de risco são pele clara (o que inclui também os albinos), histórico de doença da família, trabalho sob exposição direta ao sol, exposição prolongada e repetida ao sol, bronzeamento artificial e doenças anteriores na pele.
Agora que você sabe mais sobre câncer de pele, não tem mais desculpa para não se cuidar.