10 de julho de 2008

Terapia cognitiva também pode dar bom resultado contra depressão, diz estudo

A depressão pode ser tratada com a utilização de terapia cognitiva, com índices de sucesso semelhantes aos dos medicamentos antidepressivos e mais duradouros, afirmam psiquiatras americanos.

No mundo todo se estima que mais de 100 milhões de pessoas sofram de depressão. O problema pode ser tratado com medicamentos ou terapia cognitiva, sendo que atualmente a primeira linha de tratamento é a indicação dos antidepressivos.

Uma pesquisa realizada por especialistas da Universidade da Pennsilvania e da Universidade Vanderbilt comprovou que os dois métodos se equivalem nos resultados. Contudo, os pacientes submetidos à terapia cognitiva apresentam menores chances do reaparecimento da doença após o fim do tratamento.

Comparativo

No estudo, foram comparados mais de duzentos e quarenta pacientes deprimidos que receberam, de forma aleatória, tratamento medicamentoso, terapia cognitiva ou placebo. Após dezesseis semanas, a ação dos medicamentos ou da terapia foi equivalente, porém o índice de retorno dos sintomas foi significativamente menor nos que receberam a terapia anticognitiva.

Os pesquisadores acreditam que o tratamento com terapia deixe resultados mais duradouros por criar nos pacientes mecanismos que os permitam lidar com as situações que desencadeiam as crises de depressão. Por outro lado, uma ressalva foi feita no trabalho a partir de constatações durante o estudo.

O sucesso da terapia no tratamento da depressão está diretamente ligado à capacidade técnica dos terapeutas envolvidos no processo.

Fonte: Portal G1

9 de julho de 2008

Impacto no peito pode causar arritmia cardíaca maligna em crianças

Commotio cordis, um golpe que mata. Não estamos falando de artes marciais e sim de um problema cardiológico. Afinal o que é isso?
 

Duas crianças brincando de lutas e uma atinge a outra no peito, que cai desmaiada e, se não for atendida a tempo, pode morrer, vítima de um problema cardíaco. O que pode ser isso, além de um pesadelo de mãe?

É o “commotio cordis”, quadro de arritmia cardíaca maligna, desencadeada a partir de um impacto direto no tórax. O desmaio que acontece a seguir pode ser súbito ou mesmo acontecer momentos após o traumatismo, dependendo do tipo de arritmia que se instale no coração.

Segundo os registros norte-americanos, o problema pode atingir vítimas de três meses a cinqüenta anos de idade, ficando a média de idade aos treze anos.

Os médicos acreditam que o tórax das crianças é mais estreito e têm ossos com maior elasticidade, permitindo a transmissão da energia do golpe ao coração, desencadeando a arritmia.

Existem relatos de eventos desse tipo em esportes dos mais variados tipos como: hóquei, beisebol, basquetebol e artes marciais. Além do choque entre atletas, o impacto de bolas ou equipamentos esportivos também pode ser a causa do acidente.

Infelizmente a taxa de ressuscitação após um “commotio cordis” é baixa, como em qualquer parada cardíaca, ficando em torno dos 15% de sucesso.

A boa notícia vem do fato de que a colocação de desfibriladores externos automáticos em estádios e o treinamento de técnicos e leigos em atendimento de parada cardíaca vem tornando a recuperação desses eventos mais freqüentes.

O diagnóstico prévio de quem sofrerá um evento desses não pode ser feito, porém a avaliação criteriosa de crianças e jovens que vão participar de atividades desportivas pode identificar portadores de alterações cardíacas que predisponham á ocorrência de arritmias.

Após a ressuscitação de alguém que sofra um “commotio cordis” o tratamento envolve a realização de ecocardiograma e estudos de arritmia e pode necessitar a implantação de um desfibrilador.

Os desfibriladores implantavéis são pequenos aparelhos que detectam as arritmias e liberam um choque diretamente no coração revertendo o quadro que ameaçava a vida. 
 

Fonte: Portal G1

9 de julho de 2008

CCJ da Câmara rejeita projeto que pretendia descriminalizar o aborto

 Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados rejeitou hoje (9) o projeto que tinha por objetivo descriminalizar o aborto. O relator do projeto e presidente da CCJ, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu parecer pela inconstitucionalidade da matéria, por entender que a proposta fere o direito à vida.  "As normas tendentes a abolir os direitos e as garantias fundamentais inseridas na Constituição devem ficar a salvo da ação erosiva do legislador", afirmou ele, no parecer.

Ele acrescentou que a Constituição Federal não estabelece textualmente quando começa a vida humana. Apesar disso, para o relator, a "proteção constitucional deve ser lato sensu para alcançar o ser concebido que ainda não nasceu", disse Cunha.
 

O deputado Jose Genoíno (PT-SP), um dos que defendia a aprovação do projeto, tentou adiar a votação e continuar a discussão da proposta. "Reconheço que, no mérito, muitos [deputados] são contra o projeto, mas precisamos discutir a proposta e até mesmo fazer um plebiscito", defendeu o deputado.

A matéria poderá voltar a ser discutida, caso seja seja apresentado um recurso, em até cinco sessões legislativas, para que o plenário se manifeste sobre a matéria. Caso contrário, a proposta será arquivada.

Fonte: Agência Brasil

7 de julho de 2008

Chinaglia diz que é bobagem notícia sobre sua ida para o Ministério da Saúde

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), desmentiu hoje (7) as notícias de que iria para o Ministério da Saúde no lugar de José Gomes Temporão.

“Isso é uma bobagem. Imagine se alguém deixaria a presidência da Câmara para ir para algum ministério”, afirmou.

Chinaglia disse que seu papel não é julgar ministros, mas “acredito que ele faz um bom trabalho”.
 

De acordo com o presidente da Câmara, se tem alguém querendo atingir o ministro Temporão não vai poder usá-lo para isso.

“Eu tomei a iniciativa de ligar para o ministro, e disse: ‘você tem o meu apoio e se eu puder declarar publicamente farei’. E é o que estou fazendo agora”, disse Chinaglia.

Fonte: Agência Brasil
 

6 de julho de 2008

Pacientes do SUS/Cuiabá contam com tratamento de fisioterapia nas cinco policlínicas

As cinco policlínicas de Cuiabá oferecem serviço de fisioterapia ao cidadão usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Noventa por cento dos pacientes atendidos são pessoas com problemas na coluna decorrentes de acidentes de trabalho e sobrepeso. Um dado considerado alarmante pelos fisioterapeutas da rede municipal de saúde que chegam a atender quarenta pessoas por dia. Somente no mês de junho a policlínica do Coxipó fez aproximadamente 1.200 atendimentos.

Quem chega na policlínica á procura de atendimento em fisioterapia tem o agendamento de consulta feito na hora e depois de quinze dias é acionado para comparecer na unidade de saúde e dar início ao tratamento. Cada unidade conta com quatro fisioterapeutas que exerce suas funções das 7 às 12h e das 13 às 19h

A responsável técnica pelo setor de fisioterapia da Policlínica do Coxipó, Tatiane Amorim de Matos, garante que o trabalho dos profissionais é eficiente e feito com uso de aparelhos e materiais apropriados. “O número de aparelhos aqui na policlínica consegue atender bem a demanda. Hoje a situação melhorou tanto para nós profissionais quanto para os pacientes”.
 

Fonte: O Documento

5 de julho de 2008

Custo da prevenção à rubéola é 12 vezes inferior ao do tratamento

Rio de Janeiro – Cada R$ 1 investido em campanhas de vacinação contra a rubéola pode representar a economia de R$ 12  em tratamento médico nos casos de Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), segundo estimativa do Ministério da Saúde. As despesas com atenção médica e com os cuidados necessários para uma criança que nasce com SRC podem chegar a US$ 200 mil durante a sua vida.

Para promover a campanha de vacinação contra a rubéola, voltada pela primeira vez também para os homens, o governo federal está investindo aproximadamente R$ 220 milhões, dos quais R$ 135 milhões com seringas, R$ 9 milhões com agulhas, e pelo menos R$ 10 milhões com divulgação.

A doença, que causa deficiência auditiva, lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma), malformações cardíacas e com alterações neurológicas (microcefalia, meningoencefalite, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor) é contraída quando uma mulher grávida é infectada pelo vírus da rubéola transmitindo, dessa forma, para o feto.

No Brasil, somente em 2007, foram registrados 8.407 casos de rubéola, 161 em mulheres grávidas, totalizando 17 recém nascidos com rubéola congênita. Entre os 20 estados que registraram a incidência da rubéola, Rio Grande do Sul (2.668), São Paulo (2.668) e Rio de Janeiro (1.500) foram os que mais contabilizaram pessoas infectadas.

Ainda segundo o ministério, as estratégias de vacinação utilizadas em diversos países têm apresentado resultados positivos. Entre os anos de 1998 e 2006, o número de casos confirmados de rubéola caiu 98% nos 40 países do continente americano que promoveram campanhas de vacinação em massa de crianças em idade escolar, adolescentes e adultos. As ocorrências passaram de 135.947 para 2.288 neste período.

O número de casos confirmados da síndrome da rubéola congênita também recuou de 23 em 2002 para 10 em 2006. Essa redução foi mais evidente nos países que vacinaram tanto mulheres como homens.

O ministério da Saúde espera vacinar durante a campanha contra a rubéola, que será lançada em 9 de agosto, 70 milhões de brasileiros, independente de terem tomado a vacina anteriormente ou de terem tido a doença. No ano passado, o país viveu um surto da doença, tendo registrado mais de 8.500 casos de rubéola. A maior concentração foi verificada no Rio de Janeiro.

A ação, que representa a maior campanha já realizada em todo o mundo, está prevista no compromisso firmado pelos países das Américas durante a 44ª Reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) de eliminar até 2010 a rubéola e a síndrome da rubéola congênita.

Fonte: Agência Brasil

5 de julho de 2008

Terapia Ocupacional da UFPE seleciona estudantes para projeto de extensão

O Departamento de Terapia Ocupacional da UFPE inscreve, até o dia 7 de julho, para seleção de estudantes (2 bolsistas e 13 voluntários) que querem atuar no projeto de extensão "Alzheimer: Olhar sob um Enfoque Interdisciplinar – Trabalhando a Família e Investindo na Formação Discente".

Os interessados devem se apresentar no Núcleo de Atenção ao Idoso (NAI), do Departamento de Terapia Ocupacional, e preencher ficha de inscrição, além de portar carta de intenção, minicurrículo e histórico escolar. Podem concorrer estudantes dos cursos de Medicina, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia, Odontologia e Serviço Social.

Fonte: UFPE

5 de julho de 2008

MEC prorroga até a próxima terça-feira prazo para confirmações do ProUni

O MEC (Ministério da Educação) prorrogou até a próxima terça-feira (8) o prazo para que os convocados em primeira chamada do ProUni (Programa Universidade para Todos) confirmem, junto à instituição onde foram aprovados, as informações fornecidas na ficha de inscrição. Inicialmente, o prazo terminaria nesta sexta-feira.

O candidato cuja renda vier de atividade rural, de aluguel ou arrendamento de bens móveis e imóveis e ainda aquele que for sócio ou dirigente de empresa devem consultar no site do MEC a lista de documentos exigidos para a comprovação de renda.

Quem não foi convocado em primeira chamada ainda tem chance. A previsão do MEC (Ministério da Educação) é que a segunda e a terceira listas sejam divulgadas nos próximos dias 14 e 24, na página eletrônica do programa.

Bolsas ociosas

O ProUni é um programa do governo federal que concede a candidatos com renda de até três salários mínimos bolsas de estudos integrais e parciais (50% e 25%) em instituições privadas de ensino superior.

Das 119.529 bolsas oferecidas para o segundo semestre deste ano, 46.623 não foram preenchidas, segundo o MEC, e serão reservadas para o próximo processo seletivo do programa.

Fonte: Folha de S. Paulo

4 de julho de 2008

Produção científica cresce 133% em 10 anos no país

Medida em número de artigos publicados em periódicos internacionais, a produção científica brasileira cresceu 133% nos últimos dez anos, só perdendo da China, entre os países emergentes, no ritmo de crescimento na década. Os chineses mais do que quadruplicaram a publicação de artigos.

Em 2007, cientistas brasileiros publicaram 26.369 artigos em publicações estrangeiras. Isso representa 1,75% da produção mundial.

O número é inferior ao registrado em 2006 (26.661). O presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Jorge Guimarães, não se manifestou ontem sobre os motivos da queda.

Segundo o biomédico Rogério Meneghini, especialista em cienciometria (que estuda a produtividade em pesquisa), o movimento seria apenas uma "oscilação". Ele chamou a atenção para o fato de o indicador aferir mais quantidade do que qualidade das pesquisas.

Nesse período de dez anos, os EUA mantiveram a liderança do ranking, no qual o Brasil ocupa o 15º lugar desde 2006, cinco postos acima da posição ocupada em 1998. Os números têm como base o indicador SCImago, que usa o banco de dados Scopus, mantido pela editora científica homônima. O ranking lista 233 países.

O resultado brasileiro em 2007 representou mais da metade de toda a produção científica da América Latina. Na região, o México, segundo colocado, ocupa a 30ª posição no ranking mundial.

Medicina foi a área de pesquisa que concentrou o maior número de artigos brasileiros publicados no ano passado, com quase 20% do total. Na seqüência, vêm agricultura e ciências biológicas, bioquímica, genética e biologia molecular, física e astronomia.

Cinco instituições se destacaram na produção de artigos científicos: USP, Unicamp e as universidades federais de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nessa ordem. Integram os quadros dessas universidades 11 dos 16 pesquisadores apontados como destaques da produção científica da década. Eles receberão na próxima quinta-feira um prêmio da Capes em parceria com a editora holandesa Elsevier.

O chefe do departamento de Farmacologia da USP, Fernando de Queiroz Cunha, disse que a concentração de artigos na área médica vem dos investimentos dirigidos ao tema: "É a área que mais profissionalizou a produção científica".

Pesquisador da Embrapa e outro dos escolhidos para receber o prêmio, Elibio Rech é mais conhecido por participar do desenvolvimento da primeira patente de transgênico da estatal, uma variedade de soja tolerante a herbicida. Rech também publicou trabalhos sobre o genoma da teia de aranha, com o objetivo de produzir polímero biodegradável e sobre a produção de fármacos biotecnológicos contra o vírus da Aids.

"O avanço da pesquisa científica no Brasil fica evidente quando comparamos os resultados com o restante da América Latina e com outros países emergentes", observou Dante Cid, diretor para a América Latina da Elsevier.

Fonte: Folha Online

3 de julho de 2008

SUS garante 38% do acesso das mulheres a medicamentos, indica pesquisa

Brasília – O acesso das mulheres em idade fértil a medicamentos para as doenças que mais as atingem ainda é feito mais por farmácias comerciais do que pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher(PNDS), divulgada hoje (3).

 

Essas mulheres são atingidas principalmente por anemia, artrite/reumatismo, vaginite/vulvo vaginite, depressão/ansiedade/insônia, bronquite/asma, diabetes e hipertensão.

 

O SUS é responsável, em média, por 38,1% do acesso dessas mulheres a medicamentos. Já a rede comercial de farmácias responde por 52,7% da cobertura de remédios, em média.

 

Apesar de reconhecer o que chamou de “problemas eventuais”, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que nos últimos anos “houve um aumento robusto no acesso a medicamentos”, principalmente aos contraceptivos.

 

Segundo Temporão, a venda de medicamentos anticoncepcionais nas farmácias populares – com subsídios de até 90% – garantiu o acesso de 250 mil mulheres aos contraceptivos. Entre 1996 e 2006, o percentual de mulheres que recorrem ao SUS para adquirir contraceptivos saltou de 7,8% para 21,3%.

 

“Estamos no caminho certo, as políticas de saúde só não se ampliam mais porque perdemos a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] em dezembro”, apontou.

 

Apesar de a falta completa de acesso a medicamentos ser baixa – SUS e farmácias comerciais oferecem de 89,4% a 95,8% dos medicamentos para essas doenças – as mulheres que não se tratam justificam, geralmente, que não o fazem por falta do remédio no SUS.

Fonte: Agência Brasil