10 de setembro de 2007

Coffito recebe pesquisa da Assobrafir e entidades fecham mais uma parceria

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito e a Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória – Assobrafir, entidades já parceiras em diversas ações por melhorias para a categoria, estiveram reunidos recentemente no Coffito (sede São Paulo). Na ocasião o presidente da Coffito, Dr. Euclides Poubel e Silva recebeu das mãos da presidente da Assobrafir, Drª Sara Lúcia Menezes, uma pesquisa técnica realizada pela entidade com o objetivo de mapear o trabalho dos fisioterapeutas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) em todo o país. Além de receber o levantamento feito pela Assobrafir, as duas entidades fecharam também um convênio para que sejam realizados estudos sobre a atuação dos fisioterapeutas na área de espirometria.
 
Existem no Brasil, segundo a Assobrafir, cerca de 1.500 unidades de terapia intensiva e, em todas elas, o fisioterapeuta está inserido sob diferentes regimes de trabalho e de competência. A entidade afirma também que, para definir o perfil dos profissionais fisioterapeutas que atuam nessa área foi necessário um referencial, ou seja, o conhecimento de um conjunto de parâmetros que refletiam a realidade assistencial brasileira. "Temos agora uma forma de acompanhar e dar melhor assistência a estes profissionais, considerando que a partir deste momento há uma identificação de onde eles estão e como trabalham, o que poderá também facilitar o auxílio que o Conselho precisa dar a todos os profissionais regulamentados, que vêem no Coffito, um órgão que está aqui para respaldar o trabalho e a profissão", enfatizou Eu clides Poubel, ressaltando que o levantamento detalhado também irá permitir que o Conselho possa normatizar essa atuação no Brasil.
 
"Nas últimas décadas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm se tornado uma concentração não somente de pacientes críticos e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas. Além disso, a Associação considerava imprescindível a realização do levantamento do perfil da atuação do fisioterapeuta brasileiro para que, a partir da realidade existente, pudessem ser colocadas em prática as perspectivas quanto a profissionalização e a educação na área da Fisioterapia em Terapia Intensiva, assim como o devido encaminhamento das reivindicações de legislação para tais atividades desse profissional", declara a presidente da Assobrafir.
 
Segundo a presidente da Assobrafir, a inserção do fisioterapeuta em UTI começou no final da década de 70 e sua afirmação como membro integrante da equipe de assistência intensiva tem sido progressiva. Nos países desenvolvidos, a função do fisioterapeuta depende de muitos fatores como a própria característica da inserção da Fisioterapia naquele país, a tradição da Fisioterapia, o nível do curso de graduação, treinamento e competência.
 
O presidente do Coffito lembra que a responsabilidade do Conselho agora é facilitar a distribuição dessa análise às UTIs de todo o país. A Dra. Sara Menezes reconhece a importância do Conselho na execução do trabalho. "A realização desse estudo só foi possível graças a parceria realizada com o Coffito, que compreendeu a importância desta investigação para a classe profissional. Atualmente existem somente três publicações no mundo sobre o perfil e a atuação profissional fisioterapêutica em UTIs. O Brasil é o quarto país a realizar este estudo", conta ela.
 
Evento Internacional: O trabalho conquistou reconhecimento e será apresentado também fora do país. A Dra. Emilia Nozawa vai apresentar os resultados da pesquisa no European Respiratory Society (ERS), em Estocolmo (Suíça) nos dias próximos dias 15 a 19 de setembro deste ano. Para a Dra. Sara, esse tipo de atividade reflete a maturidade e seriedade com que a classe busca definir sua especialidade.
 
Espirometria – Certo disto, o presidente do Coffito propôs à Assobrafir dar continuidade a esse trabalho em equipe e formar um grupo de trabalho – sendo dois representantes do Coffito e dois da Associação – para realizar um estudo que possa formar o perfil do profissional fisioterapeuta nessa área. Nesse processo seriam identificados quais as atividades que ele realiza, quais são exclusivas do fisioterapeuta, além daquelas compartilhadas com outros profissionais dentro da unidade. "Com isso podemos trabalhar inclusive que estas atividades exclusivas devam ser pagas de forma condizente", lembrou ele.
 
Outra parceria firmada entre as entidades vai realizar estudos na área da espirometria. A Assobrafir encaminhou ao Coffito a solicitação de um parecer sobre a normatização da realização da espirometria por parte do fisioterapeuta. A Assobrafir foi criada há 21 anos e tem como finalidade congregar os profissionais da área e divulgar conhecimentos, tendo como objetivo o aprimoramento técnico científico. Uma de suas atividades é a de prover documentos que possam servir de subsídio para pleitear espaço profissional ou legitimar ações.
 
 Agência Coffito