16 de março de 2015

COFFITO participa de 1º Simpósio Internacional de Práticas Integrativas e Complementares Baseadas em Evidências (SIPIC)

 COFFITO participa de 1º Simpósio Internacional de Práticas Integrativas e Complementares Baseadas em Evidências (SIPIC)

Evento organizado pela UnB teve mesa redonda com conselhos profissionais de saúde; COFFITO defendeu a prática da Acupuntura multiprofissional

No dia 12, no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB), foi realizada a mesa redonda As Práticas Integrativas em Saúde na Perspectiva de uma Ação Interprofissional, durante o 1º Simpósio Internacional de Práticas Integrativas e Complementares Baseadas em Evidências (I SIPIC). Na ocasião, o diretor-tesoureiro do COFFITO, Dr. Wilen Heil e Silva, representou o Conselho e as categorias de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional na utilização das atividades que compõem a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

A mesa contou também com representantes dos conselhos de Biomedicina, Farmácia, Medicina, e Nutrição, permitindo às categorias análise e atuação das profissões por meio das práticas integrativas. A representante do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, Dra. Martha Helena Zappalá Borges, enfatizou, em sua fala, a relação da Medicina com a Acupuntura, destacando-a como uma das 53 especialidades médicas e fazendo uma breve alusão à exclusividade da prática da Medicina tradicional chinesa por médicos.

Em defesa da Acupuntura multiprofissional, inclusive assegurada juridicamente pelo COFFITO, o Dr. Wilen Heil e Silva, respaldado pelo trabalho que desenvolve junto ao Conselho Nacional de Saúde, e, em especial, pelo fato de presidir a Comissão Intersetorial de Práticas Integrativas e Complementares, aproveitou para expor sua opinião sobre a saúde multiprofissional nessas práticas. “Precisamos conhecer a lei e as limitações dos conselhos profissionais. É necessário frisar que, entre as competências desses órgãos, não está incluída a determinação de atos restritivos, como disposto na resolução da Medicina, que considera a prática da Acupuntura exclusiva da profissão”, ressaltou.

Segundo ele, as ações previstas no PNPIC têm caráter multiprofissional. “Precisamos reconhecer o trabalho desenvolvido pelas demais categorias frente às práticas. No caso da Acupuntura, por exemplo, devem ser ponderados alguns detalhes, como o fato de o COFFITO ter sido o primeiro Conselho a reconhecer e legislar sobre o assunto, em 1985. A Medicina, por outro lado, em 1972 publicou resolução desacreditando a prática da Medicina tradicional chinesa, o que foi posteriormente enfatizado em parecer publicado em 1990. A opinião do CFM sobre a Acupuntura teria outro viés apenas em 1995, quando, há dez anos, a Fisioterapia já trilhava sua trajetória profissional na Acupuntura”, acrescentou o Dr. Wilen Heil e Silva.

Outro tema abordado pelo representante do COFFITO foi a importância do controle social e a participação efetiva da sociedade na apresentação de suas demandas e na construção de políticas públicas. Ele, inclusive, recordou que as práticas integrativas surgiram na 8ª Conferência Nacional de Saúde, tendo como base as necessidades da sociedade e as experiências positivas dos profissionais da saúde.

A mesa contou, ainda, com as falas da Farmácia, Nutrição e Biomedicina. A Farmácia deu destaque à ciência e composição dos fitoterápicos, bem como a importância da homeopatia e da fitoterapia serem estudadas durante a graduação.  A Nutrição e a Biomedicina também deram enfoque ao tópico. A nutrição clínica, em especial os “superalimentos”, que atualmente são transformados em cápsulas; e a utilização da Acupuntura por biomédicos também fizeram parte da discussão.