22 de agosto de 2007

Conafisc tem mais de 300 inscritos

A inserção da fisioterapia na saúde coletiva, o apontamento de estratégias para o ajuste do processo de formação em consonância com os princípios do SUS e a ampliação do contingente de profissionais envolvidos com o sistema de saúde brasileiro. Estes são os principais objetos de debate para os três dias do I Conafisc – Congresso Nacional da Fisioterapia na Saúde Coletiva -, que ocorre de 23 a 25 de agosto em Brasília.

“A fisioterapia precisa ser inserida de fato no SUS, assim como outras profissões que atuam em sistema de multidisciplinaridade, porque as pessoas precisam ser atendidas e cuidadas em todos os níveis de complexidade. Por isso, profissões como fisioterapia e terapia ocupacional, entre outras, são mais do que necessárias nesse modelo de assistência integral à saúde proposto pelo SUS”, destaca o presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional -Coffito, Dr. Euclides Poubel.

O Conafisc é o primeiro congresso nacional que aborda a questão da Fisioterapia na atenção básica. O objetivo é promover um momento de troca a respeito do assunto, já que estarão presentes profissionais de todas as regiões do país.

A expectativa é que do Congresso saiam diretrizes para as políticas que envolvem a fisioterapia na saúde coletiva, afirma a Dra. Vera Rocha, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e integrante da Comissão de Políticas Públicas em Saúde do Coffito. De acordo com ela, todas as expectativas em relação ao evento foram superadas. Mais de 300 pessoas já se inscreveram para o Congresso, enquanto eram esperados cerca de 150 participantes. “Teremos uma forte participação de profissionais ligados aos serviços públicos de fisioterapia. Muitas prefeituras e secretarias de saúde vão enviar profissionais para o Congresso”, disse.


Participação de estudantes e organização pela Internet


Vera Rocha lembrou ainda que estudantes de Fisioterapia de todas as regiões estão se mobilizando para participar do evento. E enfatizou que o I Conafisc representa o evento mais democrático em toda a história da fisioterapia. Mais de 60 pessoas se envolveram com o Conafisc, que foi praticamente todo organizado pela Internet. “Profissionais, docentes e estudantes de todo o país participaram da elaboração do evento com sugestões, textos, discussões e muita paixão”, disse a professora.


I Mostra expõe experiências e estudos sobre o tema

Juntamente com o Congresso ocorre a I Mostra Nacional da Fisioterapia na Saúde Coletiva. Serão apresentados duzentos trabalhos científicos, que abordam temas como fisioterapia no programa Saúde da Família, inserção da fisioterapia na saúde coletiva e estudos de caso sobre fisioterapia em grupos de diferentes comunidades, entre outros assuntos.

Os trabalhos serão apresentados em forma de pôsteres, em duas modalidades: mostra temática comentada, na qual pequenos grupos farão debates mais profundos sobre os temas, nos eixos assistência fisioterapêutica, formação e educação permanente, e gestão e controle social. O objetivo é extrair apontamentos de políticas públicas sobre saúde cinético-funcional. A outra modalidade de apresentação será feita em Corredores Temáticos, onde serão expostos pôsteres simples dos trabalhos científicos selecionados.

“A I Mostra é um espaço que a gente pensou para apresentar trabalhos e práticas nesta área, mostrando como realmente tem se trabalhado a fisioterapia, abordando os eixos que designamos para as áreas temáticas dentro do Congresso”, afirma Dra. Francisca Rêgo, diretora-secretária do Coffito.

O I Congresso vai inaugurar um novo momento para a fisioterapia e para a sociedade brasileira: o compartilhamento de idéias, ações e experiências de busca da qualidade no atendimento da fisioterapia na saúde pública, enfatiza.

Prevenção na atenção básica

Francisca Rêgo lembra que o grande desafio do evento é buscar meios para uma maior inserção da fisioterapia na atenção básica. “A fisioterapia realmente, de fato e de direito, está presente nessa área e é necessária no processo de assistência em saúde”, disse. E reafirma: “Entendemos que, acima de tudo, poderemos promover uma assistência de forma mais universal e mais equânime. Respeitar e atender melhor aos princípios do Sistema Único de Saúde, que é o princípio da universalidade, da integralidade e da eqüidade. E no âmbito dos pacientes e das pessoas, em qualquer lugar – seja para tratamento ou para submeter-se a um processo de prevenção – ele pode ser assistido pela fisioterapia, e não apenas no olhar da fisioterapia em um quadro de doença que já é problemático. Assim a comunidade poderá ter uma assistência da fisioterapia e um olhar voltado para a promoção e para a prevenção em saúde”, concluiu a Dra. Francisca Rêgo.

Realizado pelo Coffito, Abenfisio e Rede Fisio na Saúde, o evento ocorre no Hotel San Marco, em Brasília, e vai reunir profissionais de todo o país. As inscrições ainda estão abertas. Podem participar todos os fisioterapeutas que já atuam nessa área e os que desejam também conhecê-la, além de estudantes, profissionais do serviço, professores e pessoas envolvidas com o espaço temático.

Também haverá um espaço de apresentação e observação para os usuários que desejarem apenas assistir, além da área destinada a gestores que nem sempre são da área da fisioterapia.


Agência Coffito


Mais informações e programação completa: www.conafisc2007.com.br

 

PROMOÇÃO

ABENFISIO
www.abenfisio.com.br

Comissão de Políticas Públicas em Saúde – CPPS/COFFITO
www.coffito.org.br

REDE FISIO NA SAÚDE
www.fisionasaude.com.br

21 de agosto de 2007

Temporão defende discussão sobre direito de greve na área de saúde

Brasília – O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu hoje (21) discussão sobre o direito de greve para funcionários da área.

"Na saúde, o direito de greve deve ser repensado e discutido, porque você pode colocar a vida de uma pessoa em risco por causa de uma má avaliação de um comando de greve. Envolve a dimensão ética e política também. Eu considero que o direito à vida é mais importante do que qualquer outro direito", afirmou.

O governo vai encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei para a regulamentação do direto de greve no serviço público.

Estados do Nordeste enfrentam, atualmente, crise do sistema público de saúde, agravada por greve de médicos. Em Alagoas, os médicos pararam de trabalhar, muitos pediram demissão. O governo estadual decretou situação de calamidade pública e rcebeu recursos do Ministério da Saúde.

A categoria reivindica 50% de aumento salarial, mas o estado oferece apenas 5% de reajuste. Na Paraíba, desde a última quinta-feira (16), os médicos da capital, João Pessoa, não realizam cirurgias cardiovasculares pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministro José Gomes Temporão afirmou que não é obrigação do governo federal negociar com os médicos. Segundo ele, a responsabilidade é dos estados.

Fonte: Agência Brasil

 

19 de agosto de 2007

UFPB terá moderna Clínica Escola de Fisioterapia

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) contará até o final de outubro com uma moderna Clínica Escola de Fisioterapia. As obras continuam em ritmo acelerado no Campus I em João Pessoa. O projeto é resultado de um convênio firmado em 2006 entre a Reitoria da UFPB e a Prefeitura Municipal de João Pessoa.

Segundo a Chefe do Departamento de Fisioterapia Juerila Moreira Barreto, as novas instalações da Clínica Escola vão trazer mudanças significativas nas atividades de estágio do Curso de Fisioterapia, pois vai melhorar o relacionamento com a população de baixa renda que procura os atendimentos gratuitos desenvolvidos na instituição, principalmente na área de saúde.

"A nova clínica é fantástica, é algo sem precedentes para a UFPB onde os alunos terão a oportunidade de exercitar o ensino, a pesquisa e a extensão tão bem reivindicados pela comunidade universitária", enfatiza a professora Juerila. Ela destaca, ainda, que a construção da Clínica Escola era esperada, pelos que fazem o curso, há 25 anos.

A nova e moderna Clínica Escola de Fisioterapia da UFPB ocupará uma área construída de 780m2 e será dotada de salas de reuniões, biblioteca, recepção, consultórios, sala de terapia, oficinas de prótese e órtese, piscina térmica e ginásio terapêutico. O custo total da obra foi orçado em R$ 322 mil. A prefeitura de João Pessoa tem uma participação de R$ 280 mil na construção da clínica.

Por outro lado, o professor João Batista da Silva, Gestor da Clínica de Fisioterapia da UFPB explicou que a pretensão, com o novo espaço, é que todo o serviço seja vendido para a prefeitura de João Pessoa através do Sistema Único de Saúde – Atendimento em Média Complexidade – que visa atender, gratuitamente, a comunidade carente.

O professor João Batista disse que três disciplinas são ministradas na Clínica Escola de Fisioterapia da UFPB: Seqüelas Neurológicas, que trabalha com fisioterapia nas disfunções neurológicas; Fisioterapia nas Disfunções do Sistema Osteo-Bio-Articular (ossos, músculos e articulações); Disfunções Respiratórias; e o Estágio Supervisionado que atende diversas especialidades como Postura, Corpo Mente e Movimento, Mantenha-se Ativo, Pilates, entre outras.

A Clínica Escola de Fisioterapia da UFPB presta um grande serviço à comunidade atendendo a 100 pessoas por dia nas diversas especialidades, incluindo as áreas da ortopedia, traumatologia, obstetrícia, ginecologia e cárdiorrespiratória. “Com a conclusão das obras o atendimento da clínica irá dobrar”, enfatiza o professor João Batista.

A construção da Clínica Escola de Fisioterapia faz parte de um conjunto de obras implementadas pela administração central da instituição.

As informações são do Pólo Multimídia da UFPB

19 de agosto de 2007

Doença erradicada do país ainda exibe marcas na equipe brasileira nos Jogos Parapan-Americanos

Rio de Janeiro – Graças à vacinação em massa das suas crianças nos últimos anos, desde 1989, o Brasil não registra casos de poliomielite, a paralisia infantil. Mas as seqüelas causadas pela doença ainda são uma realidade para os participantes dos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro. Segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro, cerca de um terço dos 239 atletas brasileiros que estão competindo têm alguma seqüela de pólio.

Para o presidente da Associação Brasileira de Síndrome Pós-Pólio (Abraspp), Luiz Baggio Neto, o fato de haver tantos atletas com seqüelas de poliomielite na delegação brasileira mostra a força que a doença teve no país antes das campanhas de vacinação. “A pólio foi muito maior no Brasil do que dizem as estatísticas, que são muito pequenas. Muita gente não sabe nem que teve a doença, só descobriu depois de muito tempo”, avalia.

Ao mesmo tempo em que comemora a erradicação da poliomielite no Brasil, Baggio alerta para o risco de a doença voltar ao país. Ele lembra que em países da África e da Ásia, como a Índia, a pólio ainda é endêmica. “As pessoas estão esquecendo de levar seus filhos para vacinar contra a pólio, acreditando que a doença está lá no passado, que ela não existe mais. Mas ela existe ainda e precisa ser combatida no mundo inteiro. É preciso vacinar, senão a pólio volta”, afirma o presidente. Ele pede mais divulgação das campanhas de vacinação no país.

Baggio chama a atenção também para o risco de os atletas brasileiros desenvolverem a síndrome pós-pólio, uma conseqüência da poliomielite que acontece principalmente pelo uso excessivo da musculatura e da parte neurológica não atingidas pela doença. “Depois de 30, 40 anos de uso intenso, as pessoas têm fadiga muscular, fraqueza, dores, distúrbios de sonos profundos, depressão e intolerância ao frio”, explica. Segundo ele, 67% das pessoas atingidas por alguma paralisia devido à poliomielite desenvolvem síndrome pós-pólio.

O diretor médico do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Roberto Vital, explica que os casos existentes na delegação brasileira são anteriores às campanhas de vacinação em massa contra a doença. Segundo ele, antes da divulgação, a pólio era muito comum do Brasil. Vital lembra também que existem alguns casos raros nos quais a vacina não agiu como deveria, como falhas em lotes de vacina, ou problemas de armazenagem.

Um dos exemplos de atletas com seqüelas de poliomielite na seleção brasileira é o nadador André Brasil, que já conquistou seis medalhas de ouro e o bateu três recordes mundiais nos Jogos Parapan-Americanos. Ele conta que tomou a gotinha contra a paralisia infantil, mas, por razões não explicadas pelos médicos, desenvolveu a doença ainda quando era bebê.

O recordista acredita que as campanhas de vacinação têm que continuar para que o Brasil não volte a ter casos da doença. “Quando se fala que no Brasil a pólio foi erradicada há 20, 30 anos, na verdade, não é. Hoje, com 23 anos, estou aqui para dizer que isso não é verdade”, lembra André Brasil.

Já o nadador Genezi Alves, que ganhou quatro medalhas no Parapan, não tomou a vacina quando era criança. Segundo ele, como morava no interior da Paraíba, havia dificuldade de acesso. Ele adquiriu poliomielite aos três anos de idade e hoje tem atrofia nos membros inferiores e superiores.

O atleta reconhece o avanço das campanhas de vacinação e incentiva os pais a levarem as crianças para receber a imunização. “Não deixem de levar seus filhos para vacinar, que vai protegê-los de muitos problemas. O problema maior não é a deficiência, mas os danos psicológicos causados pela doença”, aconselha.

A poliomielite é provocada por um vírus, chamado poliovírus. A doença não tem cura e provoca a paralisia, em geral, dos membros inferiores. Segundo o Ministério da Saúde, a estratégia de aplicar a vacina oral contra a poliomielite em massa foi adotada em 1980, quando se realizou pela primeira vez o Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. O último caso de pólio foi registrado em 1989, em Sousa, na Paraíba.

A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil acontece no dia 25 de agosto. Na primeira etapa foram vacinadas 9,6 milhões de crianças, de um público estimado em 16,3 milhões de crianças menores de cinco anos.

Fonte: Agência Brasil

18 de agosto de 2007

PL da Quiropraxia: deputado pede audiência pública na Câmara

Na última quinta-feria, 16, o deputado federal Rafael Guerra (PSDB/MG) protocolou, na Comissão de Seguridade Social e Família – CSSF da Câmara, um requerimento para realização de Audiência Pública para regulamentação da profissão de Quiropraxia no Brasil."

Veja a íntegra do requerimento: REQ-99/2007 CSSF Clique para obter a íntegra -> (Íntegra disponível em formato pdf)

Acompanhe a tramitação do projeto na página da Câmara. Clique aqui. O Número do Projeto de Lei é o 4199/2001.

Agência Coffito

Leia também:

Quiropraxia é Fisioterapia

Deputada denuncia campanha internacional para financiar o lobby pela regulamentação da quiropraxia


 

 

 

17 de agosto de 2007

Analista de Orçamento diz que emenda 29 pode prejudicar outras áreas

O analista de Planejamento e Orçamento Euler Albergaria de Melo afirmou há pouco que a EC 19, que fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União, por estados e por municípios, pode melhorar a saúde, mas acarretaria problemas para outras áreas. "Se o projeto que regulamenta a Emenda 29 (Projeto de Lei Complementar 1/03) for aprovado do jeito que está, o orçamento para a Saúde teria um acréscimo de R$ 21 bilhões por ano pelos cálculos atuais", disse. Ele alertou alertou, no entanto, que esses recursos serão retirados de outras áreas.

Na avaliação de Melo, os gastos públicos precisam ser analisados em uma perspectiva abrangente. "Não se pode focalizar uma única área, mesmo sendo a de saúde. A sociedade tem várias outras necessidades e os recursos são escassos."

Unanimidade

Ao contrário do analista de Orçamento, os demais participantes do debate da manhã foram unânimes na defesa da regulamentação da Emenda 29. 

A consultora do Departamento de Economia do Ministério da Saúde Ana Cleusa Serra Mesquita, afirmou que existe uma defasagem na destinação de recursos da União para a Saúde. "A arrecadação federal aumenta ano após ano, mas o orçamento para o setor tem sido estável, o que significa que os recursos não conseguem ser recompostos", enfatizou.

Fonte: Agência Câmara

17 de agosto de 2007

Especial – II Fórum de Promoção Integral na Área de Saúde

Durante os dias 14 e 15 a Câmara dos Deputados foi palco do II Fórum de Promoção Integral na Área de Saúde. Com o objetivo de sensibilizar as áreas governamentais, tanto do Poder Executivo como do Legislativo, e também os próprios profissionais, sobre a necessidade do entendimento do conceito de saúde como um bem fundamental para a conquista da qualidade de vida, o Fórum reuniu centenas de profissionais de diferentes áreas da saúde.

Neste especial, a Agência Coffito – com informações de entrevistas, palestras e da Agência Câmara – faz um resumo dos dois dias de debate.

Leia:

Coffito pede investimentos em prevenção

 

Especial II Fórum: promoção e prevenção

 

II Fórum debate "Formação e Educação Permanente: condição de excelência para integralidade no SUS"

 

Analista de Orçamento diz que emenda 29 pode prejudicar outras áreas

 

II Fórum: Secretário diz que estados são maior problema do SUS

 

II Fórum debate "Atenção à saúde nos ciclos de vida: promoção e prevenção"

 

Começa em Brasília o II Fórum sobre Promoção Integral da Saúde

17 de agosto de 2007

II Fórum debate “Formação e Educação Permanente: condição de excelência para integralidade no SUS”

Na tarde de quarta-feira, 15/8, os participantes do II Fórum de Promoção Integral na Área da Saúde discutiram sobre a "Formação e Educação Permanente: condição de excelência para integralidade no SUS ".

O tema do segundo painel do dia contou com a participação do Deputado Federal Átila Lira, PSB-PI, Dra. Nelcy Ferreira da Silva, Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Dra. Ana Estela Haddad, Diretora do Departamento de Gestão de Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Herbert Otto Roger Schubart, Vice-Presidente do Conselho Federal de Biologia, Dra. Mônica Lima de Jesus, Diretora da Associação Brasileira de Educação em Psicologia, Dra. Luciana Alves Pereira, Fisioterapeuta e Secretária Executiva do Fórum Nacional de Educação das Profissões na Área de Saúde – FNEPAS – e Dr. Marcelo Gomes da Costa, representando o Conselho Federal de Educação Física.

De acordo com o Deputado Átila Lira, existe uma grande necessidade de criação de hospitais com credenciais de escola, além de trabalhar os recursos humanos com avaliação permanente. Ele garante também que o Brasil caminha para alcançar um dos melhores sistemas de ensino superior em relação aos países da América Latina. “O MEC está trabalhando para alcançar esse objetivo”, afirma.

Luciana Alves Pereira é a favor de uma perspectiva multiprofissional, na formação, educação permanente e continuada. “Consideramos a saúde como condição de vida e direito humano. A atenção básica não é só Saúde da Família”.

O FNEPAS defende que toda equipe multiprofissional deve ser composta por todas as 14 profissões da área da saúde, sem privilegiar nenhuma em relação às outras. “Os profissionais devem ser formados com comprometimento social com o SUS, pois a graças a esse sistema, vários avanços foram alcançados na saúde e a população foi beneficiada”, diz a representante do FNEPAS, Dra. Luciana Alves Pereira.

Dr. Marcelo Gomes da Costa, representante do CONFEF, considera o diálogo fundamental para mostrar os caminhos da área da saúde e o amadurecimento profissional. Ele acredita na possibilidade real de convívio das profissões da saúde na reabilitação e melhoria na qualidade de vida dos cidadãos. “Costuma-se ter o entendimento que a saúde está relacionada ao tratamento. O que devemos ter em mente é uma educação que privilegie a saúde e isso deve começar a partir da inserção das crianças nas escolas. O caminho é a educação que induza a boa alimentação, repouso, exercícios, redução do estresse e desenvolvimento da intelectualidade”.

Para Ana Estela Haddad, o Ministério da Saúde tem papel fundamental nesse contexto e parte de três eixos básicos para o desenvolvimento da saúde: Prevenção, qualidade de vida e assistência. Ela antecipa a notícia da criação de um Pacote Saúde, que busca contemplar essas necessidades, já com orçamento aprovado e implementação em breve.

Agência Coffito com informações Agência Câmara

17 de agosto de 2007

Especial II Fórum: Coffito pede investimentos em prevenção

A participação do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional no segundo dia do II Fórum foi marcada pela defesa dos investimentos em prevenção.  A vice-presidente do Coffito, Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil, defendeu aplicação maior de recursos do Orçamento da Saúde em atividades de prevenção. "Os recursos da Saúde são aplicados quase inteiramente no tratamento de doenças e na compra de medicamentos. Falta uma política que priorize ações de prevenção", disse. Na avaliação dela, a medida reduziria pela metade gastos com medicamentos, internações e tratamentos de doenças.

Ana Cristhina fez uma defesa veemente do SUS. “Me remeto ao Plenário do CNS, contra a modalidade de gestão da saúde por meio de fundações privadas”. Não admitimos, enquanto Conselho Federal e enquanto CNS, que se destrua, que se feche o sistema e que se busque solução nas fundações privadas, reforçou.

A vice-presidente do Conselho considera necessário um trabalho de consolidação do Sistema único de Saúde. “Não precisamos mudar a modalidade de gestão, e sim aperfeiçoar, corrigir as falhas deste sistema que é modelo mundial, um sistema de vanguarda, que funciona. Muitas unidades de saúde funcionam plenamente, e a todo vapor”, destacou.

Ela chamou atenção para a má gestão dos recursos humanos e para a má remuneração dos servidores, bem como para a não-correção da tabela de procedimentos. “É uma vergonha os procedimentos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional custarem R$ 2,30 no SUS”.

Ana Cristhina considera que o SUS, para ser aperfeiçoado, merece um momento de reflexão e estudo. E convidou as categorias para se engajarem na luta. “Nós, como Conselhos Federais, que que estamos na base esmos mais de 7 milhões de profissionais liberais, precisamos fazer pressão. Fazemos abaixo-assinado para tudo neste país, por que não fazer um abaixo-assinado ela saúde?”.

Emenda 29

Ana Cristhina defendeu ainda a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União, por estados e municípios. Na opinião dela, a regulamentação não resolveria todos os problemas, "mas seria um grande avanço".

O II Fórum também contou com a presença e o apoio da deputada Gorete Pereira, PR-CE, que é fisioterapeuta. “Tudo relacionado a Orçamento, nesta casa, é feito sob pressão. E este fórum é uma pressão”, considerou a parlamentar. Ela também disse que a manifestação pela regulamentação da EC 29 foi fundamental para o processo de mobilização pela saúde.

Integralidade e decisões políticas

O deputado Rafael Guerra, PSDB-MG, integrante da Frente parlamentar da Saúde, conduziu os trabalhos no auditório Freitas Nobre. Ele também se mostrou contrário à idéia de gestão por fundações privadas. “As fundações centralizam a gestão e escapam do controle social”, disse. Para ele, a integralidade do SUS deve ser respeitada, conforme determina a Constituição Federal. E exemplificou: “a Constituição não isenta a fibrose cística. Se o diagnóstico é feito no sistema, e se o medicamento foi prescrito no sistema, no âmbito do SUS, os medicamentos caros também devem ser distribuídos pelo SUS”, reforçou.

Guerra reforçou a opinião de que a integralidade só vai ser respeitada no âmbito do SUS a partir de decisões políticas que precisam começar com um trabalho das categorias de profissionais da saúde.

20% da CPMF

O deputado disse ainda que a frente da saúde vai se empenhar para que 20% da arrecadação anual com a CPMF sejam aplicados na Saúde. "A medida representará um acréscimo de até R$ 20 bilhões anuais para o setor", ressaltou.

Defesa do SUS

De acordo com a assessora técnica do Coffito, a fisioterapeuta Dra Ingridh Farina, o Fórum foi muito interessante e positivo por mostrar justamente a força que têm os Conselhos das Profissões Regulamentadas. “Essa é a intenção do Fórum: debater todos os assuntos pertinentes às profissões e levá-los para as bases em nossas plenárias dos Conselhos. O tema deste ano buscava justamente mostrar esta preocupação de inserir as profissões, buscando uma atuação não somente de multidisciplinaridade, mas de transdisciplinaridade; entendendo que o ser humano precisa ser atendido em todos os níveis de complexidade, tais como social e psicológico”, explica Ingridh. Segundo ela, é nesse contexto que entra o conjunto das profissões como terapia ocupacional, fisioterapia a psicologia entre outras, saindo desse modelo de atendimento hospitalar.

Para a assessora técnica, a discussão sobre a promoção e prevenção dos ciclos de vida marcou o evento e uma mesa de debate importante foi a que discutiu o financiamento da saúde, em que se debateu a defasagem das tabelas do Sistema Único de Saúde, que é de cerca de 16 anos. “Isso foi denunciado pela Drª. Ana Cristhina; há uma campanha negativa da mídia, patrocinada pelo sistema complementar de saúde e convênios contra o Sistema Único de Saúde, evidenciando apenas os pontos negativos do SUS. Eles querem seguir vendendo seus planos e convênios e não conseguem admitir que, embora o SUS esteja em permanente construção e aperfeiçoamento, ele é o sistema que atende a maioria do brasileiros, distribuindo inclusive gratuitamente os medicamentos mais caros e oferecendo tratamentos de maior complexidade que só existem nesse sistema. Além do que o sistema complementar deve muito dinheiro ao SUS por repasses não feitos”, alerta Ingridh.

Ela avalia como positiva essa discussão e o salientou que o Conselhinho busca a desprecarização do trabalho em saúde, querendo profissionais mais valorizados. “O evento teve grande impacto; prova disso é que tivemos a participação de profissionais do país inteiro. Além de parlamentares e profissionais que dominam este assunto”, conclui a Dra Ingridh.

Agência Coffito com informações Agência Câmara

17 de agosto de 2007

Especial II Fórum: promoção e prevenção

A tarde do dia 14 teve como tema o painel “Atenção à saúde nos ciclos de vida: promoção e prevenção”. O Secretário Estadual de Saúde de Sergipe, Rogério Carvalho Santos, criticou a participação dos estados no setor de saúde. Segundo ele, o SUS funciona satisfatoriamente porque a União e os municípios cumprem de forma organizada suas atribuições constitucionais, mas os estados "são os grandes devedores da reforma sanitária". O secretário fez um apelo: “Devemos romper com a cultura da indigência”. De acordo com ele, o maior problema da saúde atualmente no Brasil está nos estados, que são um zero no Sistema Único de Saúde.

“O SUS é visto como um sistema de saúde para cuidar dos pobres e não de toda a população e é essa cultura que deve ser mudada para que todos usufruam de maneira igual à saúde no país”, disse. Para ele, garantir que isso aconteça depende de espaços coletivos que promovam a saúde e a vida, reconstruindo uma matriz para que as comunidades se voltem às necessidades de todos, garantindo um novo processo civilizatório. Carvalho defendeu as fundações públicas de direito privado na atenção à saúde.
SUS: sistema revolucionário

Segundo Deputado Geraldo Thadeu, o SUS é um sistema revolucionário que veio para modificar todo sistema de saúde do país, e vem apresentando avanço em várias áreas, como por exemplo, declínio da mortalidade infantil e melhoria da qualidade de vida da 3ª idade, além de garantir tratamento para portadores de hepatites crônicas.

“A saúde realiza muito com muito pouco. Mas acreditamos no SUS, na possibilidade de tratar a todos com integralidade justa, de acordo com o previsto na Constituição”. Porém, sem financiamento, vamos fracassar, reforçou.

A Dra. Andréa Bonamigo, fonoaudióloga, representante do Conselho Federal de Fonoaudiologia, falou na importância da saúde em todos os ciclos de vida, desde a infância até a maturidade. Ela disse que conhecer as necessidades das pessoas em todos esses ciclos é função do profissional da saúde. “A comunicação com o paciente possibilita o conhecimento dos hábitos dele, e essa é a melhor forma de abrandar o sofrimento e suas dúvidas. A Comunicação é um meio integrador”, destacou. Ela ressaltou também a necessidade de referenciar o trato público e privado para que exista uma ação comprometida com a saúde e com o próprio paciente.

Agência Coffito com informações Agência Câmara