21 de janeiro de 2016

Mais de 800 cursos de Harvard e MIT para fazer on-line e de graça em 2016

Mais de 800 cursos de Harvard e MIT para fazer on-line e de graça em 2016

O ano ainda está no comecinho e se uma de suas resoluções era dedicação total aos estudos, temos uma notícia maravilhosa: a plataforma edX disponibiliza mais de 800 cursos de instituições como Universidade Harvard e MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) para fazer on-line, sem pagar nada.

As universidades Berkeley, Columbia, Boston, entre outras renomadas, também dispõem de cursos. As aulas abordam as mais diversas áreas do conhecimento, como literatura, tecnologia, ciência, história e psicologia.

Vale lembrar que a maioria dos cursos ofertados é em inglês. Veja algumas opções:

MIT – Tornando-se um Empreendedor

MIT – Introdução à Ciência da Computação e Programação Usando Phyton

MIT – Empreendedorismo: Quem é Seu Cliente?

MIT – Inovação: Um Caminho Para o Empreendedorismo

MIT – Dinâmica na Cadeia de Suprimento

Harvard – Análise de Dados para Ciências da Vida

Harvard – Introdução à Ciência da Computação

Harvard – Os Fundamentos da Neurociência

Harvard – Análise de Dados – Estatística R

Harvard – Inovando em Saúde

Harvard – Saúde em Números

Além dos gratuitos, há cursos de níveis mais densos por um custo acessível. Para garantir o certificado é necessário pagar uma taxa que depende do curso escolhido. Acesse a lista aqui e bons estudos!

Fonte: Catraca Livre

21 de janeiro de 2016

Opas emite novo alerta sobre zika com aumento de casos de síndrome rara

Opas emite novo alerta sobre zika com aumento de casos de síndrome rara

A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), vinculada à Organização Mundial de Saúde, emitiu um novo alerta aos seus Estados-membros devido ao aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome rara que gera fraqueza muscular e pode levar à paralisia.

No comunicado, divulgado nesta segunda-feira (18), a organização orienta os países a reforçarem a vigilância para detecção e confirmação de casos de infecção pelo vírus zika.

Hoje, 18 países têm casos autóctones (transmitidos no local) de infecção pelo zika, segundo boletim atualizado da Opas: Brasil, Barbados, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, São Martinho, Suriname e Venezuela.

Destes, 14 tiveram casos locais detectados nos últimos três meses, o que evidencia a expansão do vírus. Recentemente, autoridades de saúde dosEstados Unidos confirmaram que o país registra casos importados(contraídos em outros países) de infecção pelo vírus.

O comunicado da organização também cita estudos que apontam a relação entre os casos recentes da síndrome de Guillain-Barré e infecções anteriores pelo vírus zika.

No Brasil, análise de amostras de sete pacientes de Pernambuco com a síndrome confirmaram a infecção por zika. Outro estudo, feito na Bahia, mostrou que, de 42 pacientes atendidos, 26 relataram sintomas anteriores do vírus, como febre baixa, manchas vermelhas no corpo e coceira.

Segundo a Opas, outros países da região também já começam a investigar um aumento de casos de Guillain-Barré. O aumento é observado desde dezembro em El Salvador, quando houve 46 casos, incluindo duas mortes. Antes, o país registrava uma média de apenas 14 casos da síndrome por mês.

Outra evidência vêm da Polinésia Francesa, um dos primeiros países a registrar uma epidemia de zika. Lá, 74 pacientes apresentaram síndromes neurológicas ou autoimunes após terem sintomas compatíveis com o zika. Destes, 42 foram classificados como Guillain-Barré.

Para a Opas, os achados "são consistentes com uma ligação temporal e espacial entre a circulação do vírus zika e o aumento de Síndrome de Guillain Barré". "Embora a patogênese (surgimento e evolução da doença) e fatores de risco associados ainda não tenham sido bem estabelecidos, é importante que os Estados-Membros implementem sistemas de vigilância para detectar aumentos incomuns em casos e preparar os serviços de saúde para o atendimento de pacientes com problemas neurológicos", informa.

ALERTA NA SAÚDE

A partir desses dados, a Opas recomenda que os países preparem os serviços de saúde para responderem a um aumento na demanda por atendimento especializado em casos como da síndrome de Guillain-Barré.

A organização sugere ainda que sejam incluídos na vigilância possíveis casos de outras doenças neurológicas, como síndrome de Fischer, encefalites e meningoencefalites, entre outras. "Embora na região das Américas essas síndromes não tenham sido relatadas até o momento, serviços e profissionais de saúde devem estar alertas para suas possíveis ocorrências", diz o comunicado.

Países também devem fortalecer a oferta de consultas durante o pré-natal diante do risco de complicações ao bebê, como a microcefalia, além de continuarem a realizar ações para reduzir a presença do mosquito transmissor do vírus zika.

A organização recomenda que os países aumentem a vigilância de casos de microcefalia e outras anomalias congênitas (transmitidas de mãe para filho). A organização recomenda ainda que bebês com a condição sejam avaliados por equipes médicas qualificadas "para verificar o alcance dos danos neurológicos, assim como detectar outras anomalias possíveis".

Fonte: Folha de São de Paulo

 

19 de janeiro de 2016

ABRAFIN e ABRADIMENE firmam parceria

ABRAFIN e ABRADIMENE firmam parceria

Convênio busca somar forças para ampliar ações na área de Fisioterapia Neurofuncional

Em dezembro de 2015, a Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional (ABRAFIN) e a Associação Brasileira para o Desenvolvimento e Desenvolvimento e Divulgação do Conceito Neuroevolutivo Bobath (ABRADIMENE) assinaram um Termo de Parceria que além de estreitar os laços entre as associações, possibilitará, também,  a realização e promoção de ações integradas,  bem como a divulgação de eventos científicos.

Com base texto do termo, ficam definidas as finalidades das entidades, passando a ser de responsabilidade da ABRAFIN a representação da especialidade de Fisioterapia Neurofuncional, tanto na emissão quanto no desenvolvimento da especialidade. Enquanto isso, caberá a ABRADIMENE a atuação nos campos da Neurociência e da Neurologia para o desenvolvimento dos conceitos neurofuncionais associados ao ensino para promoção da capacitação de profissionais especializados no Conceito Neurofuncional Bobath. 

 

 

18 de janeiro de 2016

Saúde divulga diretriz nacional para estimulação precoce de bebês com microcefalia

Saúde divulga diretriz nacional para estimulação precoce de bebês com microcefalia

Conteúdo orienta equipes da atenção básica e especializada para reabilitação de crianças de 0 a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Mais de 7 mil profissionais serão capacitados

O Ministério da Saúde disponibilizou no dia 13 de janeiro, a todos os profissionais e gestores do país, as Diretrizes de Estimulação Precoce: Crianças de 0 a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia. O documento foi desenvolvido em razão do cenário de urgência dado pelo aumento de casos de microcefalia em todo o país em decorrência de infecção pelo vírus Zika. São orientações aos profissionais das equipes da Atenção Básica e Atenção Especializada para a estimulação precoce. O conteúdo é direcionado às crianças com microcefalia, podendo se aplicar ainda a outras condições ou agravos de saúde que interfiram no desenvolvimento neuropsicomotor nesta fase.

Confira aqui a íntegra das Diretrizes para Estimulação Precoce

É a primeira vez que o Ministério da Saúde reúne em um único documento todas as diretrizes para estimulação precoce de crianças com atraso no seu desenvolvimento. “As Diretrizes unificam o conhecimento e a conduta de atenção às crianças com microcefalia, para promover a estimulação no menor tempo possível, entre zero e três anos, que é a janela de oportunidade para a redução do nível de comprometimento causado pela malformação”, disse o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.

Elaboradas com apoio de pesquisadores, especialistas e profissionais de diversas instituições do país com experiência e conhecimento sobre estimulação precoce, as Diretrizes complementam o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo vírus Zika. Lançado em 14 de dezembro, o Protocolo orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, em todo o País.

As Diretrizes abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento neuropsicomotor da criança, como a avaliação do desenvolvimento auditivo, visual, motor, cognitivo e da linguagem, a estimulação precoce, o uso de tecnologia assistiva (bengalas e cadeiras de rodas), além de outros aspectos, como a importância do brincar e a participação da família na estimulação precoce.

O material auxiliará o profissional de saúde na elaboração de um programa de estimulação precoce que possibilite um melhor desenvolvimento da criança com microcefalia, em especial até os três anos, período de maior resposta aos estímulos. Por exemplo, em uma criança com deficiência visual é possível fazer a estimulação a partir do uso de objetos luminosos em local escuro e também coloca-la para rolar a partir do seguimento visual do objeto.

Na Atenção Básica, o material é direcionado às Unidades Básicas de Saúde, Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs). Na Atenção Especializada, o público-alvo é a Atenção Domiciliar, Hospitalar, Ambulatórios de Especialidades e de Seguimento do Recém-Nascido, e Centros Especializados em Reabilitação.

CAPACITAÇÃO – O Ministério da Saúde prepara o lançamento de um curso à distância para capacitar profissionais de saúde que vão atuar na estimulação precoce. O curso será ofertado a fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, entre outros profissionais que trabalham com estimulação precoce e que atuam nos diversos serviços da Rede SUS (Atenção Básica e Especializada), como os ligados aos NASF e os Centros Especializados em Reabilitação, que serão certificados após a conclusão do curso.

A meta do Ministério é que 7.525 profissionais, pelo menos, participem desta capacitação. O curso será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. As matrículas devem começar em março.

REDE DE REABILITAÇÃO – O SUS conta, atualmente, com 1.543 serviços de reabilitação em todo o país que atuam em diferentes modalidades, física, auditiva, visual e intelectual.

Dentro do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado no final de 2015 e que prevê maior agilidade na estruturação dessas unidades, já foram habilitados 12 centros de reabilitação. Outros 11 se encontram em fase de conclusão das obras, com previsão de término no primeiro semestre de 2016, cujo investimento na construção e compra de equipamento somam R$ 43,4 milhões. Mais R$ 25,2 milhões anuais serão destinados para o custeio destas unidades. Outros 65 serviços de reabilitação serão habilitados em Centros Especializados em Reabilitação, ampliando assim a capacidade de atendimento da rede e passarão a receber adicional de R$ 109,2 milhões por ano.

A partir do Plano Viver sem Limite, lançado em 2011 pelo Governo Federal, e da Instituição da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, em 2012, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação da oferta desses serviços. Foram habilitados 136 Centros Especializados em Reabilitação (CER) em todo país. As novas unidades representam impacto de R$ 287,7 milhões por ano para o custeio do atendimento em reabilitação.

No total, o investimento do Ministério da Saúde para custear o atendimento em reabilitação é na ordem de R$  650,6 milhões por ano, além dos valores destinados a obras e equipamentos. Esses recursos também podem ser complementados pelos governos estaduais e municipais.

O secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, assinou nesta semana, duas portarias aprovando o repasse de recursos Federais no valor de R$ 19,8 milhões destinados à aquisição de equipamentos para 13 CERs e duas Oficinas Ortopédicas.

Fonte: Agência Saúde

 

18 de janeiro de 2016

Centros Colaboradores ajudarão na capacitação para o cuidado aos pacientes com microcefalia

Centros Colaboradores ajudarão na capacitação para o cuidado aos pacientes com microcefalia

Serviços de saúde, públicos e privados, e instituições de ensino podem colaborar na capacitação de profissionais de saúde para tratamento de pacientes afetados pelo vírus Zika

Unidades de saúde e instituições de ensino podem contribuir na capacitação de profissionais no cuidado com pacientes afetados pelo vírus Zika. A portaria para a criação de Centros Colaboradores para ajudar no enfrentamento aos casos de microcefalia foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (12/01). A medida possibilitará, por exemplo, que uma universidade com experiência em um determinado procedimento possa compartilhar a experiência e qualificar outros profissionais de saúde.

“A potência dessa estratégia é que ela permite mobilizar expertise e capacidade instalada no SUS e nas Universidades, sem custos adicionais, a serviço da capacitação de equipes de saúde da atenção básica, maternidades, hospitais e centros de reabilitação para a atenção à saúde ao casos e complicações do Zika”, garante Hêider Pinto, Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério.

Os interessados em atuar como Centros Colaboradores deverão cadastrar-se em um site a ser disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A capacitação que será realizada por estes centros é mias uma importante estratégia do Ministério da Saúde para a qualificação dos profissionais do SUS para o enfrentamento do Zika.

Os Centros capacitarão médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, agentes de comunitário de saúde, agentes de combate às endemias, fisioterapeutas, entre outros profissionais que atuem no cuidado a crianças com microcefalia.

Os profissionais de saúde serão treinados pelos Centros para identificar casos suspeitos, notificá-los e adotar os primeiros cuidados a pacientes com microcefalia, além da capacitação para conhecimentos sobre estimulação precoce. Para os profissionais envolvidos com pré-natal, a qualificação será voltara para a notificação, investigação, diagnóstico e conduta nos casos e situações relacionadas ao vírus Zika, Dengue e Chikungunya.

“A iniciativa tem grande potencial de multiplicação. Assim, profissionais de um serviço que saírem, por exemplo, de uma cidade do interior para receber treinamento em grandes centros poderão, ao retornar, estruturar o serviço, qualificá-lo para o cuidado de pessoas afetadas pelo Zika e estabelecer um polo de capacitação no município para atender as cidades vizinhas”, exemplifica o secretário Hêider Pinto.

O Ministério da Saúde vai organizar toda a oferta dos treinamentos e colocá-la disponível para que Secretarias Estaduais de Saúde e os Conselhos de Secretários Municipais de Saúde de cada estado possam estabelecer a agenda das equipes dos municípios a serem capacitadas. Além disso, cursos que já estejam sendo oferecidos pelas instituições participantes poderão ser integrados ao sistema com a abertura de parte das vagas a profissionais de municípios e estados interessados.

Fonte: Agência Saúde

18 de janeiro de 2016

Nos consultórios, 1/4 dos médicos do país não aceita planos de saúde

Nos consultórios, 1/4 dos médicos do país não aceita planos de saúde

Um quarto dos médicos brasileiros que atendem em consultórios não aceita nenhum plano de saúde. Atendimento, só no particular.

A constatação aparece pela primeira vez no relatório "Demografia Médica", feito pela Faculdade de Medicina da USP com apoio dos conselhos federal e paulista de medicina (CFM e Cremesp).

Segundo especialistas do setor, nessa última década, os especialistas passaram a se concentrar em consultórios para atender clientes de planos de saúde.

Mas, com a defasagem no valor das consultas, muitos médicos deixaram os convênios e optaram pelo atendimento puramente particular.

"Os 75% dos médicos que ainda atendem planos também têm reservado cada vez menos espaço na agenda para pacientes conveniados, priorizando particulares", diz o professor da USP Mario Scheffer, coordenador do estudo.

A dentista Maria Clara Santana, 45, concorda. "Fiz o teste. Você liga pelo plano, a secretária diz que o médico não tem agenda nos próximos meses. Você pergunta se tem particular e a disponibilidade é quase que imediata."

Entre os fatores que estão levando médicos a só atender pacientes particulares estão maior remuneração (a consulta chega a custar dez vezes mais do que a paga pelo plano), ausência de burocracia (como prazos para pagamento impostos pelos planos), um menor número de pacientes para atender e mais tempo para se dedicar a ele.

Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o valor médio da consulta paga pelos convênios está em torno de R$ 60. As entidades médicas defendem um valor de R$ 130. Em consultórios particulares de São Paulo, os preços variam de R$ 200 a R$ 1.500.

"Muitos pacientes preferem ficar com o médico que confia e pagar a consulta. O que onera são os exames, a internação, não é a consulta", afirma Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp.

Pedro Ramos, diretor da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), diz que a entidade estuda um novo modelo de remuneração que traga mais equilíbrio e que atenda a todos os atores da cadeia de saúde. "Temos que buscar um meio termo em que todos ganhem."

Ramos pontua, no entanto, a necessidade de discutir a remuneração de acordo com o desempenho. "Aquele que melhor cuida do paciente ganha mais. Precisamos também conter o desperdício, que drena 20% dos recursos do setor", afirma Ramos.

 

CARREIRA

A advogada Renata Vilhena, especialista em direito à saúde, diz que muitos médicos só aceitam usuários de planos quando estão no início da carreira ou até conseguir uma boa carteira de clientes. Depois, passam a atender só no particular.

Segundo Rosana Chiavassa, advogada especialista em relações de consumo, alguns clientes têm pleiteado na Justiça a atualização do valor do reembolso das consultas particulares, como forma de reduzir o prejuízo. "As operadoras costumam congelar os valores numa tabela de zilhões de anos atrás."

Por outro lado, ela lembra que os médicos cobram o que querem pelas consultas. "É um abuso. E o consumidor não tem coragem de negociar, se sente refém da situação."

De acordo com Scheffer, os especialistas primeiro deixaram o SUS para atender usuários de planos de saúde nos consultórios, e agora já não os atendem mais (ou atendem muito pouco).

"Foi retomada uma coisa que a gente achou que estava em declínio: o médico 'liberalzão', que atende quem quer, quando quer e cobra quanto quer", diz.

Para ele, isso não é resultado apenas da decisão individual do médico, mas também de falhas das políticas em saúde. "É o pior dos mundos para um sistema universal de saúde. As pessoas cada vez mais têm que colocar dinheiro do próprio bolso." 

Fonte: Folha de São Paulo

18 de janeiro de 2016

Nos consultórios, 1/4 dos médicos do país não aceita planos de saúde

Nos consultórios, 1/4 dos médicos do país não aceita planos de saúde

Um quarto dos médicos brasileiros que atendem em consultórios não aceita nenhum plano de saúde. Atendimento, só no particular.

A constatação aparece pela primeira vez no relatório "Demografia Médica", feito pela Faculdade de Medicina da USP com apoio dos conselhos federal e paulista de medicina (CFM e Cremesp).

Segundo especialistas do setor, nessa última década, os especialistas passaram a se concentrar em consultórios para atender clientes de planos de saúde.

Mas, com a defasagem no valor das consultas, muitos médicos deixaram os convênios e optaram pelo atendimento puramente particular.

"Os 75% dos médicos que ainda atendem planos também têm reservado cada vez menos espaço na agenda para pacientes conveniados, priorizando particulares", diz o professor da USP Mario Scheffer, coordenador do estudo.

A dentista Maria Clara Santana, 45, concorda. "Fiz o teste. Você liga pelo plano, a secretária diz que o médico não tem agenda nos próximos meses. Você pergunta se tem particular e a disponibilidade é quase que imediata."

Entre os fatores que estão levando médicos a só atender pacientes particulares estão maior remuneração (a consulta chega a custar dez vezes mais do que a paga pelo plano), ausência de burocracia (como prazos para pagamento impostos pelos planos), um menor número de pacientes para atender e mais tempo para se dedicar a ele.

Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o valor médio da consulta paga pelos convênios está em torno de R$ 60. As entidades médicas defendem um valor de R$ 130. Em consultórios particulares de São Paulo, os preços variam de R$ 200 a R$ 1.500.

"Muitos pacientes preferem ficar com o médico que confia e pagar a consulta. O que onera são os exames, a internação, não é a consulta", afirma Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp.

Pedro Ramos, diretor da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), diz que a entidade estuda um novo modelo de remuneração que traga mais equilíbrio e que atenda a todos os atores da cadeia de saúde. "Temos que buscar um meio termo em que todos ganhem."

Ramos pontua, no entanto, a necessidade de discutir a remuneração de acordo com o desempenho. "Aquele que melhor cuida do paciente ganha mais. Precisamos também conter o desperdício, que drena 20% dos recursos do setor", afirma Ramos.

 

CARREIRA

A advogada Renata Vilhena, especialista em direito à saúde, diz que muitos médicos só aceitam usuários de planos quando estão no início da carreira ou até conseguir uma boa carteira de clientes. Depois, passam a atender só no particular.

Segundo Rosana Chiavassa, advogada especialista em relações de consumo, alguns clientes têm pleiteado na Justiça a atualização do valor do reembolso das consultas particulares, como forma de reduzir o prejuízo. "As operadoras costumam congelar os valores numa tabela de zilhões de anos atrás."

Por outro lado, ela lembra que os médicos cobram o que querem pelas consultas. "É um abuso. E o consumidor não tem coragem de negociar, se sente refém da situação."

De acordo com Scheffer, os especialistas primeiro deixaram o SUS para atender usuários de planos de saúde nos consultórios, e agora já não os atendem mais (ou atendem muito pouco).

"Foi retomada uma coisa que a gente achou que estava em declínio: o médico 'liberalzão', que atende quem quer, quando quer e cobra quanto quer", diz.

Para ele, isso não é resultado apenas da decisão individual do médico, mas também de falhas das políticas em saúde. "É o pior dos mundos para um sistema universal de saúde. As pessoas cada vez mais têm que colocar dinheiro do próprio bolso." 

Fonte: Folha de São Paulo

14 de janeiro de 2016

ANS aprimora sistema de recepção de dados do Padrão TISS

ANS aprimora sistema de recepção de dados do Padrão TISS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está aprimorando o sistema de recepção de dados do Padrão TISS enviados à agência, por meio da implementação de novas críticas para qualificação dos dados, visando, dessa maneira, a melhoria da qualidade das informações que compõem a base nacional dos atendimentos da Saúde Suplementar.  
 
Veja algumas das medidas adotadas: 
 
O valor total informado da guia deve ser igual a soma do valor informado de cada procedimento/item assistencial da guia; 
 
Os valores informados na guia e nos procedimento/itens assistenciais não deverão sofrer alteração em relação a lançamento anteriormente incorporado no banco de dados da ANS, para a mesma guia; 
 
Será permitido estorno de valores pagos a prestadores indicando valores pagos negativos em lançamento de alteração ou inclusão, desde que o saldo do valor total pago da guia ou dos itens da guia não resultem em valor negativo; 
 
Não será mais permitido o envio de códigos de procedimentos/itens assistenciais de forma individualizada caso o padrão preveja o envio consolidado. Informação contida na tabela 64 da TUSS; 
Não é permitida a inclusão de novos procedimento/itens assistenciais em guia já enviada para a ANS.
 
13 de janeiro de 2016

500 novas bolsas de residência para profissionais de saúde

500 novas bolsas de residência para profissionais de saúde

Profissionais de saúde nas áreas de biomedicina, ciências biológicas, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social, terapia ocupacional, física médica e saúde coletiva terão nova oportunidade para se especializar em áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O Ministério da Saúde vai financiar mais 500 bolsas de residência para várias áreas de atuação, o que representa 100% do quantitativo disponibilizado pelo edital. Os projetos foram selecionados em 12 estados (CE, GO, MG, PA, PE, PI, PR, RJ, RS, SC, SP e SC) e no Distrito Federal.

As novas vagas estão presentes nas cinco regiões do país e abrangem 46 programas de residência em 12 áreas prioritárias para o SUS: Atenção Básica, Atenção ao Câncer, Saúde mental, Enfermagem Obstétrica, Física Médica, Urgência/Trauma, Neonatologia, Saúde Bucal: Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Intensivismo, Saúde Funcional e Reabilitação, Saúde Coletiva e Atenção Clínica Especializada.

Os residentes deverão ser cadastrados no Sistema de Informações Gerenciais das Residências do Ministério da Saúde – SIGRESIDÊNCIAS: http://sigresidencias.saude.gov.br, no período de 11/01/2016 a 29/02/2016.

A ação faz parte do Programa Nacional de Bolsas para Residência em Área Profissional da Saúde, que financia a formação em todas as áreas de saúde (Pró-Residência em Saúde) – exceto medicina, que está contemplada por meio do Pró-Residência Médica. O Pró-Residência em Saúde tem o objetivo de incentivar a formação de especialistas, caracterizada pela integração ensino-serviço, em campos de atuação estratégicos para o SUS a partir das necessidades regionais identificadas.

Fonte: Agência Saúde

 

22 de dezembro de 2015

Alteração de expediente – Festas de Final de ano

Alteração de expediente 

O COFFITO informa que nos dias  24, 25, e 31 dezembro e 1º  de janeiro não haverá expediente, devido às festividades de final do ano.